terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Trabalho, muito trabalho

Creio que falei para os alunos da 2a. série que a temática do trabalho - escravo, compulsório, degradante, ou qualquer outro adjetivo que preferir - havia sido tema da redação da Fuvest 2011. Na verdade foi tema do ENEM 2011, desculpe-me.
De qualquer modo vejam a proposta e leiam com atenção pois coincide exatamente com a nossa proposta para o começo deste ano.
Nós iremos um pouco mais além, pois abordaremos também a escravidão antiga e moderna, bem como as condições de trabalho surgidas da Revolução Industrial. Mas isto é assunto para outro post.

P.S. No ano passado já escrevi sobre esta temática. Veja o post Análogo ou não?

Proposta de Redação ENEM 2011

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O trabalho na Construção da Dignidade Humana, apresentando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatospara defesa de seu ponto de vista.

O que é trabalho escravo
Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade

A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.
Trabalho escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.
Disponível em: http://www.reporterbrasil.org.br/ Acesso em: 02 set. 2010 (fragmento).

O futuro do trabalho
Esqueça os escritórios, os salários fixos e a aposentadoria. Em 2020, você trabalhará em casa, seu chefe terá menos de 30 anos e será uma mulher

Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como trabalhamos e, consequentemente, como vivemos. E as transformações estão acontecendo. A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração. Em vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos. “Falamos tanto em desperdício de recursos naturais e energia, mas e quanto ao desperdício de talentos?”, diz o filósofo e ensaísta suíço Alain de Botton em seu novo livro The Pleasures and Sorrows of Works (Os prazeres e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil).
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/  Acesso em: 02 set. 2010 (fragmento).

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