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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Viajantes

Ao ver os alunos da 2ª série coletanto informações e desenhando exemplares da flora da Serra do Mar acabei me lembrando dos viajantes europeu no Brasil.
Ao longo do século XIX e, principalmente, durante a monarquia brasileira, uma série de expedições formadas por cientistas e explodores em geral percorreram o Brasil fazendo "mais ou menos" mesmo que vocês. Mas as excursões eram um pouco maiores.
O médico, botânico e antropólogo alemão Carl Friedrich Philipp von Martius esteve no Brasil entre 1817 e 1820 coletando dados e catalogando a flora, a fauna, as culturas das populações indígenas. Porém ele não tinha câmera fotográfica, inventada tempos depois, de modo que a alternativa era ter em sua equipe artistas capazes de desenhar cada planta, animal ou paisagem necessária para o trabalho científico.












Quem quiser maiores informações consulte o fantástico trabalho realizado pelo pessoal da Unicamp que digitalizou toda a obra Flora Brasiliensis de Martius para consulta on-line.

sábado, 22 de maio de 2010

Rumo ao mar

Na quinta-feira, dia 20, acompanhei a Profa. Sacay a 2ª série C num passeio pelo Caminho do Mar. Originalmente a descida fazia parte apenas da proposta da aula de biologia, mas não era possível deixar a história de lado.
Como o Caminho do Mar reúne séculos de trilhas, caminhos e estradas unindo o litoral ao planalto paulista a viagem acabou por ser bem proveitosa também para a nossa aula.
Mas não é minha intenção me aprofundar aqui. Sugiro apenas a leitura do interessante texto da historiadora Denise Mendes a respeito da Calçada do Lorena e destaco dois comentários de contemporâneos à estrada do Brasil Colônia para que vocês comparem com suas prórpias impressões.
Uma ladeira espaçosa, calçada de pedras por onde se sobe com pouca fadiga, e se desce com segurança. Evitou-se a aspereza do caminho com engenhosos rodeios, e com muros fabricados juntos aos despenhadeiros se desvaneceu a contingência de algum precipício. Por meio de canais se preveniu o estrago, que costumavam fazer as enxurradas; e foram abatidas as árvores que impediam o ingresso do sol, para se conservar a estrada sempre enxuta, na qual em conseqüência destes benefícios já se não vêem atoleiros, não há lama, e se acabaram aqueles degraus terríveis.
Frei Gaspar da Madre de Deus, em 1792 (ano de construção da Calçada)

Depois de descansar por uns vinte minutos, tornamos a montar e reiniciamos a subida. A estrada apresentava, acima de nós, num só golpe de vista, quatro ou cinco zig-zags, proporcionando-nos justo motivo de espanto, pela realização de uma obra tão cheia de dificuldades. Os milhões de coroas despendidos em derrubar as matas, perfurar as rochas por distâncias consideráveis, assim como pavimentá-la, de um lado, em toda a extensão, dão não pequena idéia do espírito empreendedor dos brasileiros. Poucas obras públicas, mesmo na Europa, lhes são superiores e, se considerarmos que a região por onde passa é quase desabitada, encarecendo, portanto, muito mais, o trabalho, não encontraremos nenhuma, em país algum, tão perfeita, tendo em vista tais desvantagens. 
John Mawe, viajante inglês, em 1807


As fotos estarão disponíveis no site do colégio. Aqui estão apenas algumas, mas quem quiser ver outras 29 fotos dê uma olhada no álbum virtual abaixo.

Caminho do Mar e Itanhaém