segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Leitura extra - Mini-curso

O mini-curso sobre História e Futebol está sendo muito proveitoso, ao menos esta é minha avaliação. Um grupo muito interessado e disposto ao debate tem se encontrado às sextas-feiras à tarde no Colégio para discutir o encontro entre o esporte e a história nacional.
Na aula desta última sexta-feira o tema abordado pelo Prof. Renato acabou sendo o racismo no futebol a partir da biografia de alguns atletas dos anos 30 e 40, especialmente Leônidas da Silva. Um dos autores mais citados na aula e pioneiro nos estudos do futebol foi Mario Filho e seu clássico "O negro no futebol brasileiro".
Por coincidência, no mesmo dia saiu este artigo da Revista de História da Biblioteca Nacional:

Cartão vermelho para os esnobes
Mário Filho inventou o país do futebol no clássico 'O negro no futebol brasileiro', ainda uma referência quase 70 anos depois de lançado

Por Marcelino Rodrigues Silva

Pouco mais de meio século depois da chegada do futebol ao Brasil, foi lançado um livro que até hoje é a principal referência sobre a história desse esporte no país. Desde muito jovem, seu autor mostrou a que veio: virar de cabeça para baixo a crônica esportiva carioca, até então dominada pelo esnobismo de jornalistas e escritores como Mário Pollo, Netto Machado e Coelho Neto. Seu texto valorizou a linguagem cotidiana e fez de Mário Filho (1908-1966), autor de O negro no futebol brasileiro, uma espécie de fundador do moderno jornalismo esportivo, como é conhecido hoje. Irmão de Nelson Rodrigues, natural do Recife, ele estreou na imprensa do Rio de Janeiro, aos 17 anos, nos jornais do pai, um trampolim para uma carreira vitoriosa como repórter, editor, diretor de redação e dono de jornais.
Ao inaugurar um novo estilo de jornalismo esportivo, Mário Filho fechou o foco na linguagem cotidiana e no modo como o futebol vinha sendo apropriado por jogadores e torcedores de origem humilde. Além disso, contribuiu significativamente para a história e a preservação da memória do futebol brasileiro por meio de uma produção consistente, na qual se destacam livros como Copa Rio Branco – 32, Histórias do Flamengo e O Romance do Foot-ball, todos da década de 1940. Pesquisador incansável, ele traça nessas obras um amplo painel do processo de assimilação do futebol pela sociedade brasileira.
De toda a obra do autor, O negro no futebol brasileiro é certamente o livro mais importante. Conta a história desse esporte no Brasil, com ênfase na luta dos jogadores negros e mulatos contra as barreiras e preconceitos que impediam seu reconhecimento esportivo, econômico e social. Uma primeira versão foi publicada em 1947, cobrindo o período que vai da chegada do futebol ao país até o início dos anos 1940. Em 1964, foi lançada uma segunda versão, atualizada com dois novos capítulos.
(CONTINUA)


Boa leitura de aprofundamento!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sugestão de leitura: FUVEST 2012

Passado o ENEM todos os olhares se voltam para a prova da FUVEST, cuja prova da 1a. Fase está marcada para o dia 27 de novembro. Serão 90 questões de múltipla escolha! É claro que todo mundo gostaria de saber exatamente o que vai cair, mas isso não é possível. A alternativa é começar a apostar na probabilidade. Seguindo tendências - apesar de a FUVEST não ter muito este hábito - cursinhos e a mídia em geral começam a fornecer materiais focados nas atualidades ou nas efemérides, como já tratei aqui outras vezes.
O jornal O Estado de S. Paulo, por meio de seu caderno voltado para educação, o Estadão.edu, lanção um material beeem interessante:


Trata-se de um especial multimídia com os eventos "mais significativos de 2011" com dicas de professores do Cursinho da Poli e do Objetivo sobre o que torna esses temas importantes (tudo é relativo!) e como eles podem cair na prova.
Obviamente, vale o click!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ENEM 2011: breve análise

Ao que tudo indica o ENEM deste ano não apresentou problemas. Pelo menos nada que comprometesse sua credibilidade ou ameaçasse sua execução, interrompendo uma sequência de "trapalhadas" que vinham dos últimos anos.
Quanto às questões de ciências humanas e mais especificamente as de História, faço uma avaliação positiva. Alguns alunos me disseram que acharam a prova fácil e até que poderia ter sido mais difícil ou complexa. Também achei a prova simples, mas não era simplória. Gostei do tema que norteou a maior parte das questões: cidadania. De uma forma ou de outra, o cidadão enquanto indivíduos participante da sociedade, esteve presente em quase todas as questões, ora discutindo-se a história do voto no Brasil, ora tratando do negro na sociedade Imperial ou atual. Tivemos também questões sobre os cara-pintadas, coronelismo, República Oligárquica, entre outros temas.
Além disso, foi uma prova de Brasil, feita para brasileiro. Os temas internacionais foram tratados também sob uma perspectiva nacional, no que interessava aos jovens daqui (ao contrário da FUVEST do ano passado!): redes sociais, sociedade da informação e relação com o mundo do trabalho, por exemplo.
Poderia ter sido mais difícil? Sempre pode. Mas talvez um maior grau de dificuldade tornaria o ENEM ainda mais cansativo. Considerando que o exame se transformou em um híbrido, entre a avaliação do Ensino Médio e a seleção para vagas nas universidade, seria um bocado incoerente selecionar com base no critério de resitência: "tem vaga assegurada quem sobreviver à prova".
Da minha parte digo sem pudores, História não é para ser difícil, é para ser presente, viva, palpável e parte do cotidiano. Não é necessário que todos os alunos saiam do Ensino Médio jovens especialistas em Roma Antiga ou Baixa Idade Média. Assim como não sei como trabalhar com Matrizes e Determinantes e ainda assim vivo bem, ninguém precisa conhecer em detalhes a França Medieval para ser brasileiro.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Revisão ENEM

Não sou adepto dos estudos de última hora e nunca acreditei naquela lida no material minutos antes da prova, mas tem gente que gosta de estudar até o momento final. Com o ENEM chegando (4 dias, não é?!) a apreensão aumenta, ainda mais para aqueles que querem uma vaga nas universidades federais.
Então segue aqui uma sugestão para revisão: 51 video-aulas organizadas pelo Estadão em parceria com o Positivo.
Pessoalmente, não acho que valha a pena assistir a cada uma das aulas desesperadamente. Escolha os temas nos quais tem dúvida ou alguma insegurança, aproveite o material para relembrar e não para aprender tudo na sua totalidade. A princípio o ENEM não cobra conteúdos verticais, mas sua capacidade de articular conhecimentos variados.
E tente relaxar um pouco antes das provas!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um quase-retrato

As aulas hoje foram um pouco "anormais", pois a 3a. série estava fora em uma atividade especial e parte dos alunos da 2a. série foram ao Hopi Hari. Ou seja, quem ficou acabou tendo um pouco mais de tempo que o normal e, como diria minha mãe, "cabeça vazia, oficina do diabo".
Resultado: fui brindado com a obra de arte abaixo em minha lousa.

Obra de Beatriz Ferri, da 2a. série.

P.S. O bilhete único no bolso foi uma "puta falta de sacanagem"!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Agora com cartaz!

O mini-curso está ficando cada vez mais profissional. Agora temos um cartaz!!
Está ficando cada vez mais elegante...


Obra do Leandro (Comunicação) segundo orientação do Renatão.

Mais do ENEM

Você sabia que o MEC tem um canal no YouTube? Eu não. Aliás, eu nem sabia que o ministério fazia vídeos para explicar o ENEM.


Eu gostei do resultado. Só queria entender essa moda de fazer propaganda com gente andando. Efeito Nextel??

Consulte também os outros vídeos do Canal do Ministério da Educação.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Atendendo a pedidos

Comentei hoje em aula sobre o recém divulgado ranking das 200 melhores universidades da América Latina segundo a QS. Minha ideia era só informar a respeito da presença maciça de instituições brasileiras, sendo a maioria universidades públicas. Mas como é comum, o rumo da prosa foi bem além do esperado.
Acabei espantado com quase necessidade que boa parte dos alunos têm em consultar ranking para certificarem-se que estão fazendo uma boa escolha.
Retomando o que foi dito em sala, cada organização que desenvolve um ranking cria sua própria metodologia e seus critérios. Por mais que quase todos adotem produção científica e citações como métrica, os resultados podem variar. A lista elaborada pela organização espanhola CSIC, por exemplo, utiliza apenas a produção on-line. Ou seja, quem não está em peso na internet sai perdendo.

Consulte AQUI o ranking das universidades brasileiras segundo o CSIC.

Eu pessoalmente não gosto de ranking deste tipo. Eles costumam acabar com as particularidades, com os detalhes e, via de regra, só "ajudam" quem não precisa de ajuda: os primeiros colocados.
No caso brasileiro temos a avaliação pelo Ministério da Educação. Na verdade, trata-se de uma certificação acompanhada por um verificação de qualidade. Em tese, seria ótimo que todo mundo desse uma olhada se o curso que escolheu está em dia com suas questões legais para evitar ficar sem diploma depois de 4 anos de estudos.
Como não se trata de um ranking a consulta é por curso dentro de cada instituição. Então, gaste alguns minutinhos verificando todas as informações.

Consulta ao e-MEC

Afora todas as polêmicas a respeito dos critérios de avaliação do MEC, ainda acho mais garantido que ficar consultando guias comprados em banca de jornal.

De quem é o petróleo?

Falar de petróleo no Brasil neste momento é muito curioso. Primeiro, porque discute-se no Congresso Nacional o destino dos royalties, ou seja, quem ganha diretamente com a exploração das reservas do Pré-sal. Em segundo lugar, é tempo dos apostadores e videntes começarem a apostar nos temas que surgirão no ENEM e nos vestibulares e o trio Petróleo/Pré-sal/Getúlio Vargas é sempre uma boa pedida. Por fim, coincide com o fato de estarmos tratando em sala dos idos da década de 1950.
A associação que se faz normalmente entre a discussão da divisão dos royalties do Pré-sal e a criação da Petrobrás se deve a uma leitura irônica do lema da Campanha do Petróleo durante o governo (democrático) de Getúlio Vargas. "O petróleo é nosso" guarda sempre a pergunta quanto a verdadeira identidade deste "nós".
Nos anos de 1950 "nós" se opunha ao capital estrangeiro e às empresas petrolíferas multinacionais interessadas em extrair e refinar petróleo no Brasil. Dentro dos embates ideológicos e mesmo de concepções econômicas da época os debates ficaram polarizados entre os "nacionalistas" e os "entreguistas". Em outras palavras, de um lado estavam os que defendiam o uso do capital estatal e, portanto, nacional, e do outro a abertura ao capital privado internacional.
A Capanha do Petróleo acabou levando a discussão para a praça pública e transformou um tema de política econômica em assunto popular. O governo, claro, aproveitou-se da situação e fez valer seu ponto de vista, conseguindo criar a Petrobrás e o monopólio estatal sobre a extração e refino em 1953. Sob esta ótica, estariam protegidos os interesses dos brasileiros. Situação que me parece bem diferente da atual, quando na maioria das vezes vemos governadores discutindo a participação dos ganhos do petróleo quase como hienas famintas.
De qualquer modo, é interessante observar que o tom nacionalista dado à campanha na década de 1950 permanece atrelado à Petrobrás e sobreviveu até mesmo à Ditadura Militar, túmulo do patriotismo.
Veja abaixo alguns vídeos oficiais, dois são Cine-Jornais produzidos pelo governo Vargas e o outro innfelizmente não consegui identificar a origem.
Atenção!! Não deixem de notar o tom ufanista.

Getúlio Vargas: campanha "O petróleo é nosso"



Concluída a instalação da Petrobras - 1954 

Nasce a Petrobras - 1953

terça-feira, 4 de outubro de 2011

ENEM 2011

Pessoal,

Não deixem de verificar o local onde irá fazer a prova do ENEM deste ano. Precisa apenas do número do CPF e da senha.



Faltam 18 dias!!!

Sugestão de Leitura: a Carta-testamento de Vargas

Manuscrito da Carta Testamento
Nesta semana que passou trabalhamos em sala a Carta-testamento de Getúlio Vargas.
Apesar de repetir a seguir o documento, cada um deve ter (eu espero!) sua cópia para futuras consultas. Em todo caso, não faria sentido em postar como sugestão de leitura justamente uma atividade realizada. Na verdade, gostaria de indicar a vocês a página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, ou apenas CPDOC, da Fundação Getúlio Vargas no Rio.
Afirmo sem medo de errar que este é o melhor Arquivo do Brasil. Seu rico acervo de natureza privada soma-se ao cuidadoso trabalho de pesquisadores e técnicos que não só conservam os originais como oferecem importantes instrumentos de pesquisa aos historidares.
Neste caso, eu sugiro o texto de Luciana Quillet Heymann:



Melhor que a carta em si é a reflexão a respeito do gesto, do significado da morte, da teatralização da política. Mas antes de se aprofundar, releia o documento discutido em aula. O aprofundamento valerá a pena.
“Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.”

Para se ter ideia do efeito imediato da carta vejam algumas cenas do velório público de Vargas:


A narração dramática do trecho final do documento só aumenta a teatralidade do sucicídio.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mapas e algumas coincidências

Há quem acredite em destino enquanto outros acham que tudo é coincidência. Confesso que sou mais pela segunda opção e me divirto muito em pensar nos encontros "absurdos" que formam a vida.
Até uns 10 dias atrás estávamos (alunos e eu) atarefadíssimos por conta da 3a. Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). A cada fase havia uma tarefa, além das questões de múltipla escolha. Então, na terceira fase lá estava o desafio de "ler" três imagens, mas uma delas em especial me chamou a atenção. Tratava-se de um mapa - Accuratissima Brasilia tabula - realizado em 1635 pelo holandês Henricus Hondius.
Por acaso o mesmo mapa cuja reprodução está afixada na parede de nossa sala de aula. Ok, nada demais. Mas também por acaso, na mesma semana li no boletim on line da Revista Pesquisa Fapesp uma notícia sobre a Biblioteca Digital de Cartografia Histórica montado pela Universidade de São Paulo (USP).
Considerando que eram duas as coincidências resolvi passear pelo acervo disponibilizado pela USP a partir da coleção de mapas confiscada do dono do Banco Santos pela Justiça. O trabalho ficou muito interessante: além de você poder consultar os mapas e baixá-los em 4 formatos diferentes (incluindo .jpg e .pdf), ainda há uma série de informações cruzadas, dados geográficos, informações físícias sobre o original, etc.
E lá está o mesmo mapa que apareceu na ONHB:


Fica aqui uma sugestão de "exercício": navegue pelo mapa, observe cada um de seus elementos, compare-o com os mapas contemporâneos. Veja o que se conhecia e o que se imaginava no século XVII sobre o território que hoje é o Brasil. Procure as capitanias e cidades, como Salvador ou Ilhéus, os monstros marinhos, os índios antropófagos, o litoral recortado, entre outros detalhes.
Para isso, aproveite as ferramentas que a Biblioteca Digital de Cartografia Histórica disponibiliza e clique AQUI.


Para saber +

Artigo sobre cartografia histórica:
A mina dos mapas: material cartográfico revela imaginário colonial português

Mais acervos:
Biblioteca Virtual da Cartografia Histórica
David Rumsey Map Collection