Quando eu estive na Turquia fomos conhecer as cavernas da Capadócia, região central do país. Essas cavernas serviram de refúgio para inúmeras populações, mas destacam-se as primeiras comunidades cristãs. Por conta disso, há uma série de pinturas e inscrições muito significativas nas paredes de rocha calcária. Imaginem que sem um guia o passeio fica realmente complicado, tanto para se localizar quanto para obter qualquer informação. Então contratamos um guia local: um sujeito muito bem informado que falava um inglês muito bom (apesar do forte sotaque) e era completamente apaixonado pelo que fazia. A especialidade do fulano era desmentir grandes teorias, ou seja, fanático por teorias da conspiração. Não por acaso, minha esposa e eu o apelidamos (entre a gente, claro) de "Dan Brown da Capadócia".
O mais intrigante é que ele fazia uma série de alusões a obras de artes em diversos museus. Citava obras que estavam no Louvre e no Vaticano, comentava sobre a Capela Sistina, etc. Então perguntamos se ele já tinha visitado todos esses lugares. Ele, muito tranquilo, respondeu que NUNCA havia saído da Turquia. Se você está se perguntando como é que ele se atrevia a fazer tantos comentários sem nunca ter visto nada pessoalmente, relaxa. Nós também perguntamos. A resposta, meio óbvia, foi: INTERNET.
Volto a dizer, não sou fã de museus virtuais porque considero a experiência do museu insuperável. Mas é fato que em alguns casos você verá melhor pela internet que ao vivo: nada de filas, com zoom, sem pressa para ir embora, etc. Sem falar que em alguns você não pode nem tirar uma foto para recordação!!
Pensando nisso, segue a sugestão de passeio.
Recomendo uma volta da Capela Sistina. Virtualmente não tem ninguém colado em você, não tem vigia pedindo silêncio, não dá dor no pescoço e o zoom em 360o. faz toda a diferença!
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quinta-feira, 22 de março de 2012
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Saída Pedagógica - Museu do Ipiranga
As turmas da 2a. série realizarão uma saída pedagógica. Nesta quinta-feira (dia 18), na terça-feira (dia 23) e na próxima quinta-feira (dia 25), cada sala irá ao Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga.
Por ser também o "museu do bairro" muitos de vocês já o devem ter visitado ao menos uma vez. No entanto, é bom que algumas questões fiquem bem explicadas, pois a proposta é um pouco mais fechada que uma tradicional "visita".
Em primeiro lugar, a ida ao Museu possui um propósito ligado ao tema das aulas.
O Processo de Independência do Brasil é um dos conteúdos abordados neste bimestre conforme o programa anual. Sua relevância bem como sua complexidade exige uma abordagem diferenciada e, neste sentido, poucos lugares oferecem tantas possibilidades pedagógicas quanto o Museu Paulista.
Não é nosso objetivo visitar a totalidade das coleções expostas no Museu (seu acervo reúne objetos também voltados para a história do cotidiano e formação urbana da cidade de São Paulo). No entanto, pretendemos abordar especificamente a construção da história e da memória a cerca da Independência, contextualizando e problematizando a forma como os eventos históricos são sucessivamente apropriados por diferentes grupos sociais.
Nosso roteiro terá início, então, com a saída do Colégio logo após o intervalo, por volta das 10h. Teremos pela frente uma longa (!!!) caminhada de 600m até o Museu.
A aula-visita (vamos chamar assim) começará no parque com uma discussão sobre o espaço e a urbanização do Ipiranga em torno do Monumento à Independência. Depois analisaremos os jardins e o edifício do Museu construídos de modo a sugerirem uma monumentalização do espaço e a contemplação da história.
No interior do Museu, nosso itinerário estará concentrado no hall principal, escadaria central e o Salão Nobre (local onde se encontra o quadro Independência ou Morte!, de Pedro Américo). Esta área do Museu especificamente foi profundamente alterada para a comemoração da Independência em 1922. Toda a decoração com estátuas, retratos, ânforas e cenas históricas compõe uma narrativa muito particular de uma época, mas que se mantém inalterada.
Como um dos pontos importantes da visita é a tela de Pedro Américo, fica aqui a sugestão de análise prévia. Olhe com atenção, note os detalhes e esqueça aquela mania das revistas em procurar "erros". Faremos o mesmo coletivamente no dia da visita.
Feito este roteiro, voltaremos para o Colégio de onde os alunos poderão retornar para suas casas.
IMPORTANTE: Se ainda não ficou claro, vou dizer mais uma vez. Trata-se de aula, portanto, não deixe de levar material para fazer anotações!!!
Por ser também o "museu do bairro" muitos de vocês já o devem ter visitado ao menos uma vez. No entanto, é bom que algumas questões fiquem bem explicadas, pois a proposta é um pouco mais fechada que uma tradicional "visita".
Em primeiro lugar, a ida ao Museu possui um propósito ligado ao tema das aulas.
O Processo de Independência do Brasil é um dos conteúdos abordados neste bimestre conforme o programa anual. Sua relevância bem como sua complexidade exige uma abordagem diferenciada e, neste sentido, poucos lugares oferecem tantas possibilidades pedagógicas quanto o Museu Paulista.
Não é nosso objetivo visitar a totalidade das coleções expostas no Museu (seu acervo reúne objetos também voltados para a história do cotidiano e formação urbana da cidade de São Paulo). No entanto, pretendemos abordar especificamente a construção da história e da memória a cerca da Independência, contextualizando e problematizando a forma como os eventos históricos são sucessivamente apropriados por diferentes grupos sociais.
Nosso roteiro terá início, então, com a saída do Colégio logo após o intervalo, por volta das 10h. Teremos pela frente uma longa (!!!) caminhada de 600m até o Museu.
A aula-visita (vamos chamar assim) começará no parque com uma discussão sobre o espaço e a urbanização do Ipiranga em torno do Monumento à Independência. Depois analisaremos os jardins e o edifício do Museu construídos de modo a sugerirem uma monumentalização do espaço e a contemplação da história.
No interior do Museu, nosso itinerário estará concentrado no hall principal, escadaria central e o Salão Nobre (local onde se encontra o quadro Independência ou Morte!, de Pedro Américo). Esta área do Museu especificamente foi profundamente alterada para a comemoração da Independência em 1922. Toda a decoração com estátuas, retratos, ânforas e cenas históricas compõe uma narrativa muito particular de uma época, mas que se mantém inalterada.
Como um dos pontos importantes da visita é a tela de Pedro Américo, fica aqui a sugestão de análise prévia. Olhe com atenção, note os detalhes e esqueça aquela mania das revistas em procurar "erros". Faremos o mesmo coletivamente no dia da visita.
![]() |
Independência ou Morte! Óleo sobre tela, 7,60 x 4,15 m |
Feito este roteiro, voltaremos para o Colégio de onde os alunos poderão retornar para suas casas.
IMPORTANTE: Se ainda não ficou claro, vou dizer mais uma vez. Trata-se de aula, portanto, não deixe de levar material para fazer anotações!!!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Visitas virtuais
De um tempo para cá se tornou comum grandes museus ou instituições culturais disponibilizarem os "tours vituais". Com ajuda de técnicas de fotografia panorâmica em 360o, alta definição e as ferramentas da internet é possível recriar ambientes reais no universo virtual e, assim, permitir a milhares de pessoas uma experiência em alguns casos impossível de outro modo.
Por estes dias eu recebi um e-mail de uma amigo com o link para o "tour" pela Capela Sistina, do Vaticano. Imagino que todos tenham ao menos ouvido falar da tal capela. Construída durante o pontificado do Papa Sisto IV no auge do Renascimento italiano, a Capela se transformou num ícone daquele movimento artístico por ter sido pintada por um dream team de pintores renascentistas. Os afrescos que decoram o interior do edifício levam a assinatura de Raphael, Botticelli, Bernini, Michelangelo, entre outros.
Em resumo, vale uma olhada: clique AQUI
Dica: Se você resolver olhar com atenção cada detalhe da capela recomendo tirar o som. O canto angelical me pareceu especialmente infernal!!!
Por coincidência, poucos dias depois de ter recebido o link da Capela Sistina li uma notícia no jornal anunciando o lançamento de um novo serviço do Google. Um enorme "portal" reunindo as coleções de inúmeros museus espalhados pelo mundo de modo que qualquer um pode passear pelas galerias, ver quadros nos mínimos detalhes e até reunir suas próprias coleções.
Para ver o Art Project, clique AQUI.
Por estes dias eu recebi um e-mail de uma amigo com o link para o "tour" pela Capela Sistina, do Vaticano. Imagino que todos tenham ao menos ouvido falar da tal capela. Construída durante o pontificado do Papa Sisto IV no auge do Renascimento italiano, a Capela se transformou num ícone daquele movimento artístico por ter sido pintada por um dream team de pintores renascentistas. Os afrescos que decoram o interior do edifício levam a assinatura de Raphael, Botticelli, Bernini, Michelangelo, entre outros.
Em resumo, vale uma olhada: clique AQUI
Dica: Se você resolver olhar com atenção cada detalhe da capela recomendo tirar o som. O canto angelical me pareceu especialmente infernal!!!
Por coincidência, poucos dias depois de ter recebido o link da Capela Sistina li uma notícia no jornal anunciando o lançamento de um novo serviço do Google. Um enorme "portal" reunindo as coleções de inúmeros museus espalhados pelo mundo de modo que qualquer um pode passear pelas galerias, ver quadros nos mínimos detalhes e até reunir suas próprias coleções.
Nelson Mattos, vice-presidente de engenharia do Google, disse que o site do Art Project permitiria que crianças da América Latina, Índia e África, que teriam pouca chance de ver os originais, tivessem experiência próxima à real, por meio da Internet.Eu fiquei impressionado!
Para ver o Art Project, clique AQUI.
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