Curiosamente, e totalmente por acaso, vi num blog o link para uma dessas listas que são feitas todos os dias na internet. Enquanto muitas são praticamente inúteis, esta me chamou a atenção:
Dá uma olhada no 2o. maior desastre!
Aqui e agora precisamos transformar nossos ideais, modos de pensar e os sistemas políticos, econômicos e técnicos que sustentam o desenvolvimento. A ruptura tem de ser total, de ponta-cabeça. Passar de uma civilização industrial e produtivista para uma biocivilização, comprometida com a vida no planeta, implica verdadeira revolução.Para o autor trata-se de recriar a atual civilização em novas bases ou, do contrário, nos "consumiremos". Mesmo segundo os menos "revolucionários", a única saída seria uma mudança radical nos nossos padrões culturais.
A ruptura é espinhosa. O desenvolvimento está incrustado na gente, é um valor. Desenvolvimento lembra imediatamente progresso. E quem não quer progresso? O problema é que deixamos de discutir a qualidade de vida que nos traz o progresso.
Quanto de lixo, poluição e destruição estão associados a esse progresso?
Basta lembrar o carro, um dos protótipos atuais do modelo de desenvolvimento. As nossas cidades são desenhadas para eles e não para nós, cidadãs e cidadãos. E, no entanto, quase não andamos, por conta dos monumentais engarrafamentos.
Será que para viver bem precisamos sempre de mais? Ter mais e mais bens, trocados sempre porque estragam logo (feitos para não durar) ou pela compulsão, que o ideal nos impõe, de adquirir o último modelo. Isso só gera destruição em todo ciclo, da extração das matérias-primas ao lixão onde jogamos os bens em desuso. Já paramos para pensar quem está ganhando nessa história? (Grzybowski, Cândido. "Mudar mentalidades e práticas: um imperativo". In: Le Monde Diplomatique, 02.10.2009)