Quem acompanha este blog há algum tempo sabe que sou um entusiasta da Virada Cultural. Milhões de pessoas nas ruas durante 24 horas para acompanhar espetáculos de dança, música, teatro, cinema, etc, me parece justificativa suficiente para adorar este evento anual. Como se não bastasse, é tudo grátis, free, na faixa!
A Virada deste ano acontece entre 5 e 6 de maio. Ou seja, é AMANHÃ!!!
Toda a programação está no site. E desta vez o site está funcionando muito bem, com versões da programação e mapas em pdf, e aplicativos para iOS e Android.
Se você tem medo de andar pelo centro de São Paulo ou sua mãe não te deixar sair à noite, não se desespere. Tem programação variada até no SESC Ipiranga e, além do mais, são 24h de atrações. Começa às 18h de sábado, mas tem muuuita coisa rolando às 9h da manhã, por exemplo.
Dá uma olhada na programação e 'bora pra rua!
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Camburões e navios negreiros
Os alunos da 2a. série tinham duas opções de atividades optativas para este bimestre tiradas do Livro Didático. Uma delas foi de longe a mais escolhida: uma reflexão sobre uma música do O Rappa.
A música em questão é Todo camburão tem um pouco de navio negreiro e as questões sugeriam duas análises, uma em relação à história da escravidão no Brasil e a outra a respeito da realidade brasileira atual.Para quem só leu a letra, aproveite para ouvir a música:
Todo Camburão Tem Um Pouco De Navio NegreiroMarcelo Yuka, Falcão, Marcelo Lobato, Nelson Meirelles, Alexandre Menezes
Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina alí
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? Qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? Qual é negão?
É mole de ver
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
Pra passar na revista
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (África)
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (África)
É mole de ver
É mole de ver
Que para o negro
Mesmo a AIDS possui hierarquia
Na África a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (África)
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (África)
É mole de ver
É mole de ver
Que todo camburão tem um pouco de navio negreiro (África)
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (África)
Pessoalmente considero a música muito interessante. A comparação entre a violência preconceituosa - responsável por criar um binômio quase automático negro-bandido ou, pelo menos, negro-suspeito - com a violência da captura dos africanos para vendê-los como escravo é muito feliz. A música toca em questões delicadas como hierarquia social, o preconceito mascarado (mas atuante), violências explícitas e outras nem tanto (como ignorar os problemas dos outros), etc.
Para aprofundar essa análise entre o braço branco do traficante de escravos e o braço branco da sociedade atual sugiro a leitura de dois posts antigos:
Para os alunos da 2a. série é uma ótima dica de estudo para as provas. Já para a turma da 3a. série, bom, a ladainha de sempre que vocês já conhecem: pensem no fim do ano.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Filosofia do Rock!
Patrocinado pelo Cento Cultural Banco do Brasil e com curadoria e mediação da filósofa Márcia Tíburi, o Filosofia do Rock é um evento gratuito cuja proposta consiste em colocar para conversar o rock 'n roll (em suas mais variadas vertentes) e a filosofia (em suas mais variadas escolas).
Já perdi vários encontros, mas na próxima terça estarei lá!
Dia 9 de agosto
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro (Prefira ir de metrô - Estação SÉ)
Preço: GRÁTIS, mas precisa retirar senha 1h antes.
Já perdi vários encontros, mas na próxima terça estarei lá!
Dia 9 de agosto
Márcia Tiburi e Kid Vinil se encontram para colocar frente a frente o Punk Rock e a obra de F. Nietzsche.Horário: 19:30
O rock também entra em crise e pode precisar de uma espécie de autodestruição crítica. O Punk aparece na cena da história e da filosofia do Rock como fabricação da revolta. No mix de elementos do Punk, a perversão aparece como parte do sistema da crítica. Nietzsche, o pensador que tratou da filosofia como perturbação e provocação, é o convidado.
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro (Prefira ir de metrô - Estação SÉ)
Preço: GRÁTIS, mas precisa retirar senha 1h antes.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Nacionalismos Brasileiros II
O post anterior acabou me levando a reler minhas anotações. Há muito tempo tenho guardo quatro (?) "canções do exílio". Obviamente é uma brincadeira, mas não só minha. Os poetas adoram fazer referências, especialmente quando se veem engajados em alguma releitura do Brasil.
Gonçalves Dias, pai da verdadeira "Canção do Exílio" escreveu em 1843 quando se encontrava em Coimbra, estudando Direito. Olhando de longe, com saudade e inspirado pela poesia portuguesa de Alexandre Herculano e Almeida Garrett, assim se expressou:
Num misto de desapontamento e esperança, Cazuza, parece ao meu ver, sepultar a "Canção do Exílio". Aquele ufanismo (= orgulho exagerado do país) não teria mais lugar no Brasil que, para muitos, renascia depois de cerca de duas décadas de Ditadura Militar. No mesmo ano da Constituinte o músico-poeta (ou poeta-músico) apresentava também naquele álbum a música título "Ideologia", enterrando também velhos heróis...
Gonçalves Dias, pai da verdadeira "Canção do Exílio" escreveu em 1843 quando se encontrava em Coimbra, estudando Direito. Olhando de longe, com saudade e inspirado pela poesia portuguesa de Alexandre Herculano e Almeida Garrett, assim se expressou:
Canção do ExílioO poeta modernista mineiro, Murilo Mendes, escreveu em 1930 a sua versão da Canção. No entanto, seu exílio ocorria dentro do Brasil: imerso no país real escrevia com os olhos no país que desejava.
(Gonçalves Dias)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Canção do Exílio
(Murilo Mendes)
Minha terra tem macieiras da CalifórniaA preocupação com as influências externas, com os preços altos e a política turbulenta não apareciam nos horizontes de Gonçalves Dias. No entanto, o Brasil de Murilo Mendes ainda parecia mais suave que o de Cacaso, poeta da cidade de São Carlos (interior de São Paulo) que escreveu em 1974, imerso na Ditadura Militar.
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Jogos FloraisPalmeiras que lembram Palmares, refúgio daqueles que lutaram contra a opressão, disputam lugar com um Brasil moderno, filho do "Milagre Econômico" da Ditadura. Saudade da terra onde a água não vira vinho, mas direto vinagre? Não parece. Mais semelhança há com o Brasil de Cazuza, do álbum Ideologia, de 1988, saindo daquela mesma Ditadura.
(Cacaso)
I
Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil
ficou moderno o milagre:
A água já não vira vinho,
vira direto vinagre.
II
Minha terra tem Palmares
memória cala-te já.
Peço licença poética
Belém capital Pará.
Bem, meus prezados senhores
dado o avanço da hora
errata e efeitos do vinho
o poeta sai de fininho.
(será mesmo com dois esses
que se escreve paçarinho?)
Brasil
(Cazuza)
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me sortearam
A garota do "Fantástico"
Não me subornaram
Será que é o meu fim
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer sim, sim
Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(Não vou te trair)
Num misto de desapontamento e esperança, Cazuza, parece ao meu ver, sepultar a "Canção do Exílio". Aquele ufanismo (= orgulho exagerado do país) não teria mais lugar no Brasil que, para muitos, renascia depois de cerca de duas décadas de Ditadura Militar. No mesmo ano da Constituinte o músico-poeta (ou poeta-músico) apresentava também naquele álbum a música título "Ideologia", enterrando também velhos heróis...
terça-feira, 15 de março de 2011
Imperdível!!!
Para quem mora perto do Parque da Independência é praticamente obrigatório, mas ainda é imperdível mesmo para quem está um pouco mais longe.
Sábado, dia 19, tem apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). O programa? A melhor orquestra do Brasil e uma das melhores do mundo só vai tocar um dos maiores (e mais populares) clássicos da música instrumental: a 9a. Sinfonia de Beethoven e com o Coral.
Quanda o OSESP toca a 9a. os ingressos da Sala São Paulo esgotam em um ou dois dias. Agora vai ser ao ar livre e de graça.
OSESP no Parque da Independência
Sinfonia nº 9 em Ré Menor, Op.125 – Coral
19 de março, sábado, às 18h30
P.S. Eu não me conformo que estarei fora e não poderei assistir a apresentação.
Sábado, dia 19, tem apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). O programa? A melhor orquestra do Brasil e uma das melhores do mundo só vai tocar um dos maiores (e mais populares) clássicos da música instrumental: a 9a. Sinfonia de Beethoven e com o Coral.
Quanda o OSESP toca a 9a. os ingressos da Sala São Paulo esgotam em um ou dois dias. Agora vai ser ao ar livre e de graça.
OSESP no Parque da Independência
Sinfonia nº 9 em Ré Menor, Op.125 – Coral
19 de março, sábado, às 18h30
P.S. Eu não me conformo que estarei fora e não poderei assistir a apresentação.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Música e história
Poucas manifestações culturais são tão marcantes quanto a música. Sem grande dificuldade podemos identificar - de modo genérico, é verdade - uma determinada cultura pela sonoridade de sua música. A cítara indiana, o violino entre os ciganos, a percussão de raiz africana... Porém a musicalidade é algo muito vivo, fluido, em constante mutação, ainda mais nos dias de hoje. Algumas manifestações musicais já desapareceram, outras tantas surgiram e talvez venha a sumir também.
No caso do Brasil a música disputa, ao meu ver, o posto de ícone identitário junto com o futebol. Não importa qual estilo musical você prefere, mas via de regra o brasileiro de orgulha em seu patriotismo meio heterodoxo com a diversidade musical brasileira. Samba, bossa, MPB, pagode, axé, coco, xote, etc, isso sem contar nos estilos que vieram de fora e já parecem nativos.
Eu, por exemplo, adoro rock. Mas como sou do interior de São Paulo tenho minhas raízes caipiras e, portanto, gosto muito de viola. Não aquele instrumento que lembra um violino, e sim aquele "violão" menorzinho de 10 cordas em pares que fez a fama das Duplas Caipiras e das modas de viola. É uma sonoridade e um jeito de contar/cantar a vida bem particular. Instrumento antigo (pelo menos 500 anos de existência, chutando baixo) era o som típico do trovadorismo português visto nas aulas de literatura e foi dos primeiros instrumentos populares da América Portuguesa. Não por acaso marca presença em praticamente todo o território nacional, especialmente nas regiões mais rurais.
Bom, mas tudo isso para dizer que acabei de ouvir um CD interessantíssimo de dois violeiros que resolveram tocar rock com violas. E ficou bom!!! Aliás, infinitamente melhor que aquele pessoal que resolve tocar Stairway to Heaven no piano ou coisa parecida.
No caso do Brasil a música disputa, ao meu ver, o posto de ícone identitário junto com o futebol. Não importa qual estilo musical você prefere, mas via de regra o brasileiro de orgulha em seu patriotismo meio heterodoxo com a diversidade musical brasileira. Samba, bossa, MPB, pagode, axé, coco, xote, etc, isso sem contar nos estilos que vieram de fora e já parecem nativos.
Eu, por exemplo, adoro rock. Mas como sou do interior de São Paulo tenho minhas raízes caipiras e, portanto, gosto muito de viola. Não aquele instrumento que lembra um violino, e sim aquele "violão" menorzinho de 10 cordas em pares que fez a fama das Duplas Caipiras e das modas de viola. É uma sonoridade e um jeito de contar/cantar a vida bem particular. Instrumento antigo (pelo menos 500 anos de existência, chutando baixo) era o som típico do trovadorismo português visto nas aulas de literatura e foi dos primeiros instrumentos populares da América Portuguesa. Não por acaso marca presença em praticamente todo o território nacional, especialmente nas regiões mais rurais.
Bom, mas tudo isso para dizer que acabei de ouvir um CD interessantíssimo de dois violeiros que resolveram tocar rock com violas. E ficou bom!!! Aliás, infinitamente melhor que aquele pessoal que resolve tocar Stairway to Heaven no piano ou coisa parecida.
O fanfarrão do Ozzy provavelmente aprovaria, mas antes perguntaria a opinião da Sharon!
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Um texto antigo
Em 2008 eu escrevi um pequeno texto sobre música e estudos musicais, mas poderia ser um texto apenas sobre estudo, de forma ampla. Como acredito que o texto continua válido, resolvi posta-lo aqui sem mudar muita coisa.
Espontâneo e com estudo
Ontem estava conversando com um amigo que, assim como eu, adora música. Com a diferença que ele é músico, e não apenas um ouvinte curioso.
Talento é ótimo, mas estudo ainda é melhor.
Espontâneo e com estudo
Ontem estava conversando com um amigo que, assim como eu, adora música. Com a diferença que ele é músico, e não apenas um ouvinte curioso.
Papo vai, papo vem, nos vimos conversando sobre post-rock. Depois do usual "você conhece tal grupo?" e "já ouviu tal projeto?" discutimos a falta de uma cena post-rock brasileira. Temos alguns bons grupos como Hurtmold ou Constantina, mas acho que não conseguiríamos listar dez desse tipo. A conclusão foi que músico brasileiro não estuda, e pra tocar post-rock precisa estudar.
Naquele mesmo dia eu tinha comprado a Rolling Stone (n.17), mas não tinha tido tempo de ler. Dentro tinha uma pequena entrevista com Gilberto Gil. Li a seguinte declaração:Sempre fui desencorajado pelos mestres que tive. Me disseram: Não estude música, não faça escola, você é uma espontâneo, um intuitivo. Se você for pra escola, o risco é muito grande que você se perca naquelas opções acadêmicas.
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Eric Satie (1866-1925) |
Na hora pensei com meus botões, vivemos num país engraçado. O suposto talento nato é hipervalorizado e o estudo é posto em suspeita. Mas o mais curioso é que parece ter uma diferenciação. Música clássica, jazz, blues, choro e bossa nova exigem estudo; rock, samba, pagode ou qualquer pop não exige; e MPB estuda quem quer. Ou seja, viva o Naïf, viva a música com cara de artesanato hiponga, viva a composição com jeito de escultura de durepoxi vendida na Praça da República.
Só pra ilustrar o oposto um pouquinho da história de um precursor: Eric Satie. Considerado o pai da música ambiente e influenciador da música minimalista, Satie também foi um pianista de segunda ordem e dono de uma figura rock-star antes do rock: gostava mais do cabaré que da sala de concertos. Como todo artista de final de século XIX e início de XX entrou em um conservatório de música ainda adolescente. Sem grande futuro como pianista e consciênte disso, passou a compor pequenas peças para piano, músicas de 5 minutos ou menos. Bem diferente de seu amigo Claude Debussy, grande compositor nos moldes da época. Aos 40 anos Satie resolveu voltar a estudar porque achou que deveria se aprimorar, afinal continuava se achando mediano. Alguma opção acadêmica o prejudicou? Parece que não...
Talento é ótimo, mas estudo ainda é melhor.
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