segunda-feira, 31 de maio de 2010

Trabalhadores e trabalho na Revolução Inglesa

Os textos abaixo não são novidade para vocês, alunos da 2ª série. Foram lidos e discutidos em sala de aula, mas como eu não devolvi o exercício para vocês seguem os excertos para vocês estudarem para a prova bimestral.
Assim como fizemos em sala, o melhor exercício é tentar definir quais temas da Revolução Industrial são abordados em cada textinho.

1 Pergunta: Os acidentes acontecem mais no período final do dia?
Resposta: Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança estava trabalhando a lã, isso é, preparando a lã para a máquina; mas a alça o prendeu, como ele foi pego de surpresa, acabou sendo levado para dentro do mecanismo; e nós encontramos um de seus membros em um lugar, outro acolá, e ele foi cortado em pedaços; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi totalmente mutilado.
(John Allett começou a trabalhar numa fábrica de tecidos quando tinha apenas quatorze anos. Foi convocado a dar um depoimento ao parlamento britânico sobre as condições de trabalho nas fábricas aos 53 anos)

2 Aproximadamente uma semana depois de me tornar um trabalhador no moinho, fui acometido por uma forte e pesada doença da qual poucos escapavam ao se tornarem trabalhadores nas fábricas. A causa dessa doença, que é conhecida pelo nome de “febre dos moinhos”, é a atmosfera contaminada produzida pela respiração de tantas pessoas num pequeno e reduzido espaço; também pela temperatura alta e os gases exalados pela graxa e óleo necessários para iluminar o ambiente.
(Esse depoimento faz parte do livro “Capítulos da vida de um garoto nas fábricas de Dundee”, de Frank Forrest)

3 Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as nove ou dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e então éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia tempo disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o jantar ou qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o moinho às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas quando vinha o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água, acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as mãos e depois voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos nos sentar para a refeição.
(O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849)

4 Eu trabalhava das cinco da manhã até as nove da noite. Eu vivia a duas milhas do moinho. Nós não tínhamos relógio. Se eu chegasse atrasado ao moinho eu seria punida com descontos em meu pagamento. Eu quero dizer com isso que se chegasse quinze minutos atrasado, meia hora de meu pagamento seria retirado. Eu só ganhava um penny por hora, e eles iriam tirar metade disso.
(Elizabeth Bentley foi entrevistada por representantes do parlamento britânico em junho de 1832)

5 Quando eu tinha sete anos de idade fui trabalhar na fábrica do Sr. Marshall em Shrewsbury. Se uma criança se mostrasse sonolenta o responsável pelo turno a chamava e dizia, “venha aqui”. Num canto da sala havia uma cisterna de ferro cheia de água. Ele pegava a criança pelas pernas e a mergulhava na cisterna para depois mandá-la de volta ao trabalho.
(Jonathan Downe foi entrevistado por um representante do parlamento britânico em junho de 1832)

sábado, 29 de maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Para uma boa redação...

Já comentei em sala e aqui o quanto é importante aprimorar a redação. Vocês devem estar cansados de ouvir essa minha ladainha, mas eu ainda não me cansei de repetir. E sei que os professores de redação também estão nos pés de vocês.
Pois bem, o Fovest, caderno de Vestibular da Folha de S. Paulo, mantém um BLOG. E acabei de ler que a equipe do jornal pediu para que uma professora de redação, Vivian D'Angelo Carrera, analisasse aquelas 53 melhores redações que a FUVEST divulgou. A partir desta análise a professora listou "10 dicas para fazer uma boa redação".
Vocês podem estar se perguntando, mais uma vez, mas e o que isto tem a ver com história? Encare cada pergunta em história (ou geografia, literatura, biologia, etc) como uma proposta de redação, pois o procedimento será o mesmo. Assim, você poderá se preocupar apenas em saber ou não a matéria, mas deixará de errar devido a respostas confusas, sem nexo, incoerentes...

10 dicas para fazer uma boa redação


1. sublinhe, comente, questione, circule palavras, anote;

2. desenvolva perguntas-roteiro;

3. elabore um tópico-frasal, uma frase-chave, e desenvolva seu texto a partir deles;

4. faça um roteiro;

5. faça parágrafos e períodos com tamanhos razoáveis para que a ideia não fique confusa;

6. não dê exemplos extensos para justificar sua opinião;

7. seja objetivo;

8. explore os sinais de pontuação;

9. dê um título coerente com a discussão apresentada, resumindo-a;

10. conclua retomando texto e fuja dos clichês;

 
Parece meio óbvio, mas "não matarás" também é óbvio e nem por isso o pessoal segue os 10 Mandamentos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Trabalhos da 2ª série

Ainda não consegui me acostumar com esse negócio de 2ª série. Cresci ouvindo 2º Ano do Colegial, mesmo não sendo o termo correto naquela época...
Bom, mas deixando isto de lado, vamos ao que interessa.
As três turmas da 2ª série fizeram seus trabalhos sobre um aspecto da Revolução Industrial. O combinado é que iríamos disponibilizar o resultado para os demais reunindo todos os trabalhos (de cada sala) sendo possível estudar por meio do trabalho coletivo de vocês.
Mas para que isso ocorra preciso que vocês me enviem os textos. Foi sugerido em sala que o trabalho fosse deixado na área dos comentários do blog. Porém todo mundo sabe que enviar um arquivo por e-mail é mais simples. Portanto, criei uma conta apenas para receber os trabalhos de vocês. Agora é com vocês.




Não se esqueçam de colocar nome, número e sala no texto.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Prova Bimestral (de novo)

Senhoras e senhores,
Estamos chegando a mais uma prova bimestral, marcada para 1º de junho.
Pela lógica (e se ela existe neste caso) esta avaliação deverá ser mais tranquila que a anterior, afinal já estamos trabalhando juntos há mais tempo. Uma questão de hábito, além do maior "treino" de vocês.
Do mesmo modo que fiz da última vez, fica aqui o espaço para questões, dúvidas e esclarecimentos. Até o fim da tarde de 31 de maio eu ainda responderei a tudo.
Aproveito também para disponibilizar a matéria para cada uma das séries.


2ª séries
  • Revolução Francesa, com ênfase em Período Napoleônico - Un. 4, Cap. 1 (p. 258-266)
  • Revolução Industrial - Un. 4, Cap. 3 (p. 291-300)
  • Crise do Sistema Colonial (Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana, Período Joanino) - Un. 4, Cap. 5 (p. 318-325)
Não deixem de estudar também o caderno, principalmente o conteúdo de Revolução Industrial discutido em sala.

3ª séries
  • "Apogeu da República Velha" - Cap. 35 (p. 402-421)
Este longo capítulo deve ser estudado juntamente com o caderno e com o trabalho bimestral

Fim de mais uma enquete

Acabou hoje mais uma enquete. Tivemos uma participação um pouco maior, mas ainda longe do ideal. Sem pressa, um dia chegamos lá.
O resultado foi curioso e, de certa forma, me deixou contente. Vejamos:
A pergunta, muito simples, era "O que você achou da Virada Cultural 2010?"

Fui e gostei! 7 votos (41%)

Fui e não gostei! 0 voto (0%)

Não fui porque não me interessa. 9 votos (52%)

Virada Cultural? O que é isso? 1 voto (5%)

Quando criei esta enquete um tanto bobinha minha preocupação era saber se havia falta de informação. O resultado mostra que não. Ou seja, que 52% dos participantes não foram à Virada porque simplesmente não lhes interessava. O que é infinitamente melhor que a desinformação.
Mas não vou mentir, preferia ter visto mais gente indo ao evento que reuniu música, teatro, dança, cinema e performances diversas ao longo de 24 horas!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Viajantes

Ao ver os alunos da 2ª série coletanto informações e desenhando exemplares da flora da Serra do Mar acabei me lembrando dos viajantes europeu no Brasil.
Ao longo do século XIX e, principalmente, durante a monarquia brasileira, uma série de expedições formadas por cientistas e explodores em geral percorreram o Brasil fazendo "mais ou menos" mesmo que vocês. Mas as excursões eram um pouco maiores.
O médico, botânico e antropólogo alemão Carl Friedrich Philipp von Martius esteve no Brasil entre 1817 e 1820 coletando dados e catalogando a flora, a fauna, as culturas das populações indígenas. Porém ele não tinha câmera fotográfica, inventada tempos depois, de modo que a alternativa era ter em sua equipe artistas capazes de desenhar cada planta, animal ou paisagem necessária para o trabalho científico.












Quem quiser maiores informações consulte o fantástico trabalho realizado pelo pessoal da Unicamp que digitalizou toda a obra Flora Brasiliensis de Martius para consulta on-line.

sábado, 22 de maio de 2010

Rumo ao mar

Na quinta-feira, dia 20, acompanhei a Profa. Sacay a 2ª série C num passeio pelo Caminho do Mar. Originalmente a descida fazia parte apenas da proposta da aula de biologia, mas não era possível deixar a história de lado.
Como o Caminho do Mar reúne séculos de trilhas, caminhos e estradas unindo o litoral ao planalto paulista a viagem acabou por ser bem proveitosa também para a nossa aula.
Mas não é minha intenção me aprofundar aqui. Sugiro apenas a leitura do interessante texto da historiadora Denise Mendes a respeito da Calçada do Lorena e destaco dois comentários de contemporâneos à estrada do Brasil Colônia para que vocês comparem com suas prórpias impressões.
Uma ladeira espaçosa, calçada de pedras por onde se sobe com pouca fadiga, e se desce com segurança. Evitou-se a aspereza do caminho com engenhosos rodeios, e com muros fabricados juntos aos despenhadeiros se desvaneceu a contingência de algum precipício. Por meio de canais se preveniu o estrago, que costumavam fazer as enxurradas; e foram abatidas as árvores que impediam o ingresso do sol, para se conservar a estrada sempre enxuta, na qual em conseqüência destes benefícios já se não vêem atoleiros, não há lama, e se acabaram aqueles degraus terríveis.
Frei Gaspar da Madre de Deus, em 1792 (ano de construção da Calçada)

Depois de descansar por uns vinte minutos, tornamos a montar e reiniciamos a subida. A estrada apresentava, acima de nós, num só golpe de vista, quatro ou cinco zig-zags, proporcionando-nos justo motivo de espanto, pela realização de uma obra tão cheia de dificuldades. Os milhões de coroas despendidos em derrubar as matas, perfurar as rochas por distâncias consideráveis, assim como pavimentá-la, de um lado, em toda a extensão, dão não pequena idéia do espírito empreendedor dos brasileiros. Poucas obras públicas, mesmo na Europa, lhes são superiores e, se considerarmos que a região por onde passa é quase desabitada, encarecendo, portanto, muito mais, o trabalho, não encontraremos nenhuma, em país algum, tão perfeita, tendo em vista tais desvantagens. 
John Mawe, viajante inglês, em 1807


As fotos estarão disponíveis no site do colégio. Aqui estão apenas algumas, mas quem quiser ver outras 29 fotos dê uma olhada no álbum virtual abaixo.

Caminho do Mar e Itanhaém

Sugestões da Semana (IV)

Esta semana, infelizmente, não houve nenhuma sugestão por parte de vocês. Mas para não perder o embalo, faço eu uma indicação de leitura.
O acordo (que depois virou desacordo) que o Brasil e a Turquia intermediaram com o Irã tem sido dos assuntos mais palpitantes do momento. Primeiro o Irã não queria, quando ele resolveu querer os países que compõem o Conselho de Segurança da ONU resolveram que não queriam mais... A questão é das mais cabeludas e, ao que tudo indica, está longe de um fim minimamente satisfatório.
Segue o editoral do Estado de S. Paulo de 18 de maio, logo após o anúncio do acordo e antes da virada de mesa do Conselho. O interessante é notar o esforço do jornal, normalmente crítico do Governo Lula, para reconhecer que a ação diplomática tem seus méritos. Mesmo assim, reparem que se mudarem os parágrafos iniciais de ordem o sentido do texto muda significativamente.

O feito de Lula em Teerã
No seu discurso de posse, em 20 de janeiro de 2009, o presidente americano, Barack Obama, estendeu a mão "aos que estiverem dispostos a abrir o punho". Referia-se, naturalmente, ao Irã, com quem os Estados Unidos estão rompidos desde a Revolução Islâmica de 1979 e cujo programa nuclear Washington (e não só) tem certeza de que se destina à produção da bomba atômica. Dezesseis meses depois, o Irã apertou a mão do Brasil e da Turquia.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vestibular da Unicamp de cara nova


Para quem ainda não ficou sabendo (e pretende presta a prova) a Unicamp decidiu mudar seu exame de admissão. E um novo modelo com uma nova "filosofia" implica em mudança de estratégia por parte do vestibulando. Veja o que mudou e experimente fazer o Simulado Oficial da Unicamp para a nova prova.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo,
A Unicamp fez ontem [16 de maio] seu primeiro simulado, com o novo modelo da prova que será adotado este ano no vestibular. A partir do próximo processo seletivo, o candidato deve produzir três textos de gêneros diferentes e responder 48 questões de múltipla escolha.
O tempo de duração da prova da primeira fase passará de quatro para cinco horas. Em 15 de junho, será divulgado o resultado final do simulado para os participantes.
Para ver o Simulado, clique AQUI.
Para ver o Gabarito, clique AQUI.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

República Federativa do Brasil

Uma das mais significativas mudanças políticas que o Brasil sofreu na mudança do regime monárquico para o republicano foi a adoção do chamado sistema federativo. Estabelecido na Constituição de 1891, este sistema tinha inspiração estadunidense e figurava entre as reivindicações de parte dos republicanos brasileiros. Apesar de ter sofrido algumas adaptações ao longo de nossa história republicana, ainda vivemos sob o federalismo: não por acaso vivemos na República Federativa do Brasil.

As transformações econômicas e sociais que se processaram durante a segunda metade do século XIX acarretaram o aparecimento de uma série de aspirações novas provocando numerosos conflitos. Os meios industriais pleiteavam uma política protecionista, nem sempre aprovada pela lavoura tradicional. Os fazendeiros do Oeste paulista almejavam uma política favorável à imigração. Já os senhores de engenho ou fazendeiros de áreas tradicionais, que ainda dispunham de numerosos escravos, eram contrários a essa orientação preferindo estimular a criação de núcleos coloniais. Alguns grupos urbanos não comprometidos com o sistema escravista empenhavam-se na abolição e pleiteavam maior representação na vida política do país, exigindo a substituição do sistema de eleições indiretas que propiciava a preponderância dos grupos tradicionais pela eleição direta. (...) Havia ainda problemas decorrentes da penetração do capitalismo internacional em vários setores tais como redes ferroviárias, gás, iluminação de rua, instalação de engenhos centrais, criação de Bancos, (...) que eram monopolizadas por estrangeiros.
Face a tantas contradições a solução parecia estar no sistema federativo. A excessiva centralização que caracterizava a administração imperial desgostava uma parcela da opinião pública que considerava tal sistema um entrave ao desenvolvimento do país e à solução dos problemas mais urgentes.
(Emilia Viotti da Costa. Da Monarquia à República: momentos decisivos. P. 309)
Questão proposta aos alunos da 3ª série:
Com base no texto e em seus conhecimentos explique o significado de sistema federativo, plataforma política dos republicanos, e porque ele era defendido.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Inspiração X Transpiração

Thomas Edison e Albert Einstein são tidos, de algum modo, como gênios. E, sejamos justos, a genialidade é um fantasma que mais perturba que colabora. Tudo vira resultado de um talento superior, de uma chama rara, de uma precondição natural com a qual se nasce. Se você, pobre mortal, não foi abençoado, desista!
Nós sabemos que não é assim, e os dois cientistas também sabiam disso. Ambos teriam se manifestado, cada um em seu momento, a respeito desta genialidade:

"Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração" (Thomas Edison)

"A física teórica moderna é 10% inspiração e 90% transpiração" (Albert Einstein)

Moral da história, depende de trabalho. Você tem facilidade? Ótimo! Então trabalhe para ir ainda mais longe. Você tem dificuldade? Tudo bem. Trabalhe e você vencerá do mesmo jeito.
Para quem acha que é só blábláblá de professor ok, também é! veja um exemplo mais paupável. Afinal não dá pra ficar se comparando com o Einstein...


O estudante Hélio Soares, do primeiro ano do curso de Direito da USP, tem só 18 anos, mas demonstra muita experiência quando o assunto é vestibular. Ele saiu do terceiro ano do ensino médio direto para a faculdade e garante que o bom desempenho em redação não é resultado de talento ou inspiração, mas de pura prática. O texto de Soares foi um dos 53 selecionados pela Fuvest. (...)
Para demonstrar a importância do esforço, confessa que sua primeira nota em redação no terceiro ano foi 3,5. Depois de “bater com a cabeça na parede” várias vezes e de pôr em prática os conselhos dos professores, chegou ao fim do ano letivo tirando notas mais altas, mas não esperava ter seu texto selecionado entre os melhores. “Fiquei espantado quando recebi a carta da Fuvest pedindo a minha autorização para publicação do texto”. Ele conta que, quando terminou a prova, falou para os colegas que achava ter ido mal e fugido do tema.
Soares conta que ajudou o fato de que, no ano passado, leu pela segunda vez todos os livros exigidos pelo vestibular da Fuvest, além de livros de seu próprio interesse como “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley e “As Intermitências da Morte”, de José Saramago. Também não deixava de ler o jornal diariamente. (...)

Para ler as 53 melhores redações do último vestibular da Fuvest, clique aqui.
E vamos transpirar!!!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Uma frase... II

"Cada um de nós chama barbárie aquilo que não é de seus hábitos." Michel de Montaigne (1533-1592)


Alguém é capaz de ver relações entre esta frase do pensador e ensaísta francês do século XVI e nossos tempos?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mais uma enquete...

Eu havia divulgado aqui a programação da Virada Cultural. O evento foi um sucesso indiscutível: muitas atrações interessantes (nacionais e internacionais) e muuuuuuita gente participando.
Mas gostaria de saber de vocês, quem foi? Gostou? Não foi?

Então, segue mais uma enquete. Desta vez com pergunta simples e respostas básicas!!!

Pergunta: O que você achou da Virada Cultural 2010?
1. Fui e gostei!
2. Fui e não gostei!
3. Não fui porque não me interessa.
4. Virada Cultural? O que é isso?

Respondam aí no lado direito..

Atividade extra (2ª série)

Quem quiser fazer e me entregar como atividade avaliativa extra fique à vontade. Mas esta proposta só vale para as 2ª séries.

"Para os seus ouvidos, os suspiros e gritos de agonia
dos filhos do trabalho são uma doce melodia.
Esqueletos de virgens e crianças
enchem os infernos do Rei-vapor"

(Edward P. Mead. Apud: F. Engels, A situação da classe operária na Inglaterra)
Questão:
Explique e comente os versos acima.


P.S. Prefira entregar a atividade digitada.

Atividade extra (3ª série)

Para o pessoal da 3ª série uma atividade avaliativa extra e, claro, optativa.

Ela: - É o Zé Besta?
Ele: - Não, é o Zé Burro!


Questão:
Ambas as charges dizem respeito ao processo eleitoral na República Velha. Explique as imagens e seu contexto político-social.



P.S. Use o livro didático ou qualquer outro instrumento de pesquisa que desejar. Prefira entregar a atividade digitada.

domingo, 16 de maio de 2010

Resultado da 1ª enquete do blog

Depois de uma semana e uma incrível votação, a consulta pública chegou ao fim. Foram 13 votos!!! Tamanha participação chegou sobrecarregar nossa central de controle, afinal, não contávamos com uma adesão tão grande.
Vejamos os resultados:

A pergunta: "Que tipo de atividade extra-classe faria você ficar à tarde no Colégio?"


As respostas:
1. Aulas complementares e reforço - 15% (2 votos)
2. Oficinas e atividades práticas - 7% (1 voto)
3. Cinema e debate - 38% (5 votos)
4. Nada me faria ficar mais tempo no colégio - 38% (5 votos)


Avaliando os resultados cheguei a duas possibilidades. O pessimista veria que mais de 1/3 dos votantes não quer ficar nem mais um minuto na escola e que esse mesmo 1/3 é a mesma quantidade da opção mais votada de atividade. Ou seja, uma calamidade! Mas o otimista veria que 62% dos votantes toparia algum outro tipo de atividade, sendo que 38% gostariam de fazer algo relacionado a cinema e filmes.
E um olhar realista, como seria? O realista diria que 13 opiniões é um universo amostral muuuito pequeno, afinal não chega a ser sequer 50% dos seguidores do blog!!!
E agora, José? Acho que temos que aprimorar as enquetes e criar o hábito da opinião.

Propaganda

Tem mais gente por aqui que mantém blogs com seus escritos.
Quer divulgar para o resto do pessoal? Então faça como o Wallace, do 3C, mande um pedido que eu divulgo.

Wallace


P.S. Wallace, é isso mesmo?

sábado, 15 de maio de 2010

De virada

Vejo vocês lá (ou não)!

Sugestões da Semana (III)

Cá estamos com mais uma edição das Sugestões da Semana. E desta vez (finalmente!) com uma contribuição masculina.

Na verdade foi sugerido um texto só do educador, professor universitário aposentado e jornalista Arnaldo Niskier. Mas um artigo foi puxando outro e no final me deparei com três opções. Pelo perfil do autor dá pra ver que a temática é EDUCAÇÃO, o que me parece muito propício já que estamos todos ligados, de um modo ou de outro, ao sistema educacional brasileiro.

A Educação entrou numa fria
Segundo relato de historiadores como Pero Vaz de Caminha (o da carta), ao chegar ao Brasil, em 1500, o comandante Pedro Álvares Cabral, natural de Belmonte, Portugal, não se assustou muito com a nudez dos índios que frequentavam a praia (“nada cobria suas vergonhas”). Apesar de uma brisa constante, fazia calor pra valer. Os portugueses suavam em bicas e passaram a invejar a beleza dos naturais e a sua sem-cerimônia.

Sugestão do Gabriel, 2C


Dois outros artigos por minha conta mesmo e do mesmo autor.
Sempre o Enem
Não faço parte do grupo que critica violentamente o Enem. Considero uma boa iniciativa, sujeita a aperfeiçoamentos que estão sendo providenciados pelo MEC, para o ano próximo. Fazer as provas em duas etapas (em semestres distintos) já protege o exame do seu gigantismo, que torna quase impraticável a sua implementação. Vejam o que aconteceu: 38% dos inscritos não compareceram, dando um enorme prejuízo ao erário, pois as provas foram impressas e havia locais e professores para a eventualidade de uma presença integral. Quem paga pela imprevidência?

As novas profissões
No quadro da realidade brasileira, é preciso examinar o conjunto de problemas que afetam a nossa juventude. Na faixa etária dos 16 aos 20 anos, por exemplo, o Ipea demonstrou que o desemprego triplicou, no período de 1987 a 2007. A ilusão do emprego a qualquer custo levou muitos jovens a abandonarem precocemente a escola. Na faixa etária de 18 a 24 anos, somente 13% chegaram às universidades. Isso é muito pouco.



Mais uma sugestãozinha minha aproveitando que o assunto é quente. Um texto mais "opinativo" e menos "informativo" sobre a convocação para a Copa do Blog  Bate Pronto, do Estadão.

Duas surpresas e coerência na lista do Brasil para a Copa 2010
Os 23 jogadores escolhidos pelo técnico Dunga para defender o Brasil na Copa do Mundo de 2010 estão escolhidos. Grafite e Gomes são as surpresas mais pelos que foram excluídos: Adriano, do Flamengo, e Victor, do Grêmio. A lista é boa e forte sim para a disputa do torneio, e a polêmica pelos que não foram lembrados – como Neymar, Paulo Henrique Ganso e Ronaldinho Gaúcho - só reforçam o excelente mercado de atletas que temos no País, pois não faltam opções


Espero que a leitura esteja sendo proveitosa!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Know-how

Para quem não sabe know-how é uma expressão em inglês usada para designar uma habilidade adquirida pela experiência ou, literalmente, um "saber como" fazer. Às vezes nos deparamos com alguns conhecimentos, algumas práticas que nos fazem pensar...
Creio que todos conhecem a expressão "santo do pau oco", certo? Como surgiu essa "ideia"?
Foi provavelmente no Brasil Colonial do século XVIII, auge da mineração no país. Acredita-se que as imagens de santos esculpidas em madeira oca eram recheadas de ouro e pedras preciosas para passar pelos postos de fiscalização da Coroa Portuguesa. Assim, evitava-se o pagamento de impostos altíssimos. Como não foi encontrado nenhum registro preciso de um caso como esse, as estatuetas com aberturas nas costas, típicas dessa época, são a única pista de que a prática tenha realmente existido além, é claro, da tradição oral, afirma o historiador Luciano Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A expressão ainda hoje muito usada para se referir a pessoas hipócritas ou mentirosas aparece, porém, com uma origem ligeiramente diferente no Dicionário do Folclore Brasileiro (1954), de Câmara Cascudo, o mais importante folclorista do país, onde está escrito que as imagens de santos vinham de Portugal cheias de dinheiro falso.
(Originalmente da Superinteressante)
Coisa do passado, afinal, essa necessidade de contrabandear coisas (ouro, dinheiro, etc) dentro de imagens religiosas e aproveitando as procissões não tem mais cabimento, não é? Não.
Notícia quente, fresquinha:


São séculos de experiência!!

Exercícios

Nada como um treininho vez ou outra. Para vocês passarem o tempo algumas questões de vestibulares antigos, todos dentro do tema "República Velha".
Vale a regra de sempre, correção só para quem tentar responder nos comentários. E fica a dica: leiam o livro e façam os testes como estudo de verdade.
Se algum conteúdo não ficou claro ou ainda não foi tratado em sala, me procure.

1. "Por ora a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava." (Aristides Lobo. "Diário Popular". Rio de Janeiro, 15/11/1889.)

"O Brasil não tem povo."
(Louis Couty. Apud: José Murilo de Carvalho. Os bestializados.)


Tomando como referência as citações acima e a relação delas com o contexto social e político após a Proclamação da República no Brasil, pode-se afirmar que:

I - o comentário de Aristides Lobo refere-se ao caráter elitista da proclamação, realizada por militares com o apoio das oligarquias cafeeiras, transformando a população civil em meros espectadores.
II - a fala de Louis Couty, partidário da ala revolucionária dos republicanos, refere-se ao processo de exclusão social, instaurado a partir da proclamação e consolidado pelos republicanos jacobinos na montagem do Governo Provisório, na chamada República da Espada.
III - a participação popular nas decisões políticas concretizou-se a partir da promulgação da Constituição de 1891, com a qual criava-se uma República Federativa de cunho regionalista e ampliava-se o direito de voto, tornando-o universal e secreto.
IV - a mentalidade positivista assumida pelos oficiais do exército, em defesa da modernização a ser promovida pela República, tinha como perspectiva a instalação de um regime que superasse o "atraso" mantido pelo Império e promovesse a "ordem" para viabilizar o "progresso" capitalista.

Assinale a alternativa que contém somente afirmações corretas.
a) II e III

b) I e IV

c) I e II

d) II e IV

e) I e III


2. "Voto de cabresto", "curral eleitoral", "eleição a bico de pena", "juiz nosso", "delegado nosso", "capangas" e "apadrinhamento" são expressões que lembram em nosso país o:

a) liberalismo.

b) totalitarismo.

c) messianismo.

d) coronelismo.

e) comunismo.


3. Do "Convênio de Taubaté", em 1906, decorreu uma política de:

a) incentivo à policultura, para atender aos interes¬ses dos pequenos proprietários.

b) valorização do café, com a intervenção direta do Estado na economia cafeeira.

c) controle da produção açucareira pelas limitações do mercado consumidor.

d) estímulo à produção cafeeira no Vale do Paraíba e no sul de Minas Gerais.

e) reestruturação da economia paulista, sem a inter¬venção governamental

Alguns exercícios

Seguem três testes para vocês, alunos da 2ª e da 3ª séries. O tema é a Revolução Industrial, mas são três aspectos diferentes. Quem quiser confirmar as respostas vai precisar se arriscar nos comentários.
Bom treino!


1. A Revolução Industrial Inglesa só foi possível pelo processo histórico de acumulação primitiva criador tanto do CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberação da mão-de-obra e formação do proletariado ocorreu com:
a) os cercamentos dos campos e a expulsão dos camponeses das terras comuns.

b) o intenso cultivo de algodão nos campos ingleses.

c) o processo de reforma agrária na Inglaterra.

d) o intenso proceso de imigração de trabalhadores de outras nações européias para as indústrias inglesas.

e) a produção agrícola organizada em técnicas feudais.


2. Dentre as conseqüências sociais forjadas pela Revolução Industrial pode-se mencionar:
a) o desenvolvimento de uma camada social de trabalhadores, que destituídos dos meios de produção, passaram a sobreviver apenas da venda de sua força de trabalho.

b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência para o operariado, proporcionada pelo surto de desenvolvimento econômico.

c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus capitais e suas ferramentas em oficinas ou domicílios rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos de produção.

d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de financiar a monarquia e ser também, uma instituição geradora de empregos.

e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas favorecendo a organização do mercado de trabalho, de maneira a assegurar emprego a todos os assalariados.


3. A Revolução Industrial influenciou os rumos das antigas colônias porque:
a) procurava abrir os mercados e operava contra o tráfico negreiro.

b) condenava a escravidão porque não atendia aos princípios humanitários de uma nação moderna.

c) mantinha os monopólios porque eram a base do liberalismo econômico.

d) introduzia o Mercantilismo.

e) permitia aos britânicos a imposição de pactos coloniais através da concessão de empréstimos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Previsão

Estão previstos para os próximos dias alguns exercícios e atividades extras. Aguardem!







Talvez não este tipo de exercício, mas vocês terão algo para fazer...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ah, o futebol...

Ontem, quem passasse em frente à nossa sala na sétima aula iria estranhar o assunto nos últimos 10-15min. do dia letivo. Sim, o 3º A e eu estávamos discutindo a escalação da Seleção Brasileira. Graças a estes M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O-S celulares foi possível saber em tempo real quem o Dunga havia chamado para jogar a atual Copa do Mundo. Mas não houve prejuízo da aula, depois de uma dobradinha e a classe tendo prestado atenção (um pouco além do normal!!), ouvir o comunicado do treinador brasileiro e discutir o resultado não foi nenhum "crime" contra o aprendizado.
Porém, fica a pergunta, até onde poderíamos ir com esta mania nacional que é discutir futebol? É papo comum em mesa de bar, reunião de família, almoço de trabalho, salão de cabeleireiro, conversa de msn, sala dos professores... E no Senado Federal, é correto discutir?
Eu penso que não, mas os Senadores discordam de mim.

Assista o vídeo aqui.

Nossa aula estava em dia, todo mundo tinha "trabalhado" bem. O pessoal prestou atenção numa das aulas mais áridas que tivemos até agora. E o Senado? Tem projeto da Ficha Limpa para votar, tem Orçamento para discutir, tem... o Marco Regulatório do Pré-Sal! Nossa, não falta trabalho!
Mas questionar a ausência de Ganso e Neymar é mais urgente, refletir sobre a derrota de 1982 é mais importante...
Eles sabem que não era o momento, o Senador Álvaro Dias lembrou a casa toda.
Será este o preço de ter o futebol como uma paixão nacional?


p.s. Um comentário à parte. Eu discordo do Senador Mercadante, ainda bem que a Seleção não é resultado do voto democrático. Afinal, o Congresso é fruto da democracia e nem por isso tem jogado bonito ultimamente.

sábado, 8 de maio de 2010

Sugestões da Semana (II)

As sugestões desta semana resolveram chegar todas no mesmo dia, ou quase. E, curiosamente, as meninas preferiram a poesia ou prosas poéticas.
Então que venham as sugestões.

Álvares de Azevedo
Biografias e poemas para leitura e download.
Faz parte de um site bem interessante, principalmente para quem gosta da estética gótica.

Sugestão da Camila, 2C

Um comentário pessoal fora de hora e lugar
Quando eu tinha meus 15-16 anos descobri na biblioteca do colégio onde estudava uma coletânea de poesias do ultra-romantismo. Eu tinha aprendido na aula da Literatura sobre o movimento, porém até ler bastante a impressão que você tem é que só viu exemplos, coisas pontuais. Garoto tímido e inseguro, encontrei um refúgio confortável nas dores e tristezas dos românticos, um mundo de sombras que garantia meu quase anonimato. Não curei minha timidez com a poesia, mas ao menos melhorei minha compreensão do universo literário e aprendi a usar melhor as palavras. Aí sim a insegurança começou a passar, afinal é com palavras que você se conecta às pessoas...

Quem quiser mais poesia este site também vale a pena.

Diálogo, de Rita Apoena
Quase que um pensamento, uma poesia em prosa ou prosa com toque de poesia. Talvez seja alguma influência do conterrâneo Mario Quintana.
Segundo a "sugestora", um texto FOFO.

Sugestão da Helen, 3B

O Cão
Poema de 4 quadras com algum cheiro de Drummond. Os motivos que levaram à esta sugestão são suspeitos e necessitam de investigação. Parece que houve favorecimento fruto de envolvimento emocional entre a "sugestora" e o autor dos versos.



Não era esta a proposta, mas como li dois artigos interessantes decidi postar aqui.

Comida artificial
Você sabia que a maioria das coisas que a gente come não existe na natureza?
Não que elas não sejam naturais (tirando chicletes, balas e coisas do tipo que, na verdade, nem contam como “comida”…. estou falando mesmo é do arroz e feijão, do milho, da alface, do tomate, do frango, do boi…).

Segurança Nacional: para rir ou chorar?
Filme de ação brasileiro é o maior desastre recente do cinema nacional


Será que na próxima semana vão rolar ainda mais sugestões?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Perguntar não ofende

Senhores e senhoras,
Decidi tentar uma consulta pública, conhecida também como enquete. Para responder basta clicar na resposta que está aí à sua direita, abaixo dos "seguidores".
A pergunta é bem simples:
"Que tipo de atividade extra-classe faria você ficar à tarde no Colégio?"

As opções são simples e amplas
1. Aulas complementares e reforço - P. ex.: Cursinho, aula de redação, reposição de aula, etc.
2. Oficinas e atividades práticas - P. ex.: oficina de artes em geral, aulas temáticas, palestras, etc.
3. Cinema e debate - exibição de filmes seguido de debate.
4. Mas nem f$%*& eu ficaria no Colégio!

Alguém quer aproveitar o anonimato para participar?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Para ler e reler...

Foi dada em uma atividade avaliativa o seguinte texto da historiadora Emilia Viotti da Costa sobre a vinda da Família Real Portuguesa:
“Chegando ao Brasil, a primeira medida tomada por D. João VI foi a abertura dos portos brasileiros, em ‘caráter provisório’, ao comércio direto estrangeiro (...). Seguiram-se medidas revogando os entraves à produção e ao comércio da colônia, cuja permanência era incompatível com sua nova situação de sede da monarquia. O alvará do 1º de abril de 1808 permitiu livre estabelecimento de fábricas e manufaturas, levantando as restrições anteriormente estabelecidas. A 30 de janeiro de 1810 revogou as disposições de 1749 e 1751 e autorizou todos os vassalos a vender, pelas ruas e casas, qualquer mercadoria que tivesse pago os competentes direitos. (...) O decreto de 18 de julho de 1814 permitiu a entrada de navios de qualquer nação nos portos dos Estados Portugueses e a saída dos nacionais para portos estrangeiros. (...) A série de medidas culminaram com a lei de 16 de dezembro de 1815, elevando o Estado do Brasil à graduação e categoria de Reino.”

Emilia Viotti da Costa. "Introdução ao estudo da emancipação política". P. 74.
O objetivo era destacar as grandes mudanças econômicas e políticas que a América Portuguesa sofreu com a transferência da Corte portuguesa para o trópicos.

Para ler mais:
Em 2008 foram comemorados os 200 anos dessa mudança e pipocaram eventos e "obras" a respeito: cerimônias, livros, samba-enredos, etc.
A Revista de História da Biblioteca Nacional publicou em janeiro daquele ano uma edição especial e em fevereiro reuniu um dossiê com várias reportagens a respeito. Sinta-se à vontade para escolher um texto para ler. Os alunos que quiserem redigir um resumo sobre um dos artigos podem me entregar como atividade extra.

Especial - A Corte Chegou!

E Portugal fugiu para o Brasil
Um dossiê sobre a vinda da família real em 1808

Dos comentários para o post!

Dica da Dayana, 3A:

Simuladão Enem-Guia do Estudante 2010
Quando?
Dias 15 e 16 de maio

Onde?
Nos 4 campi da Universidade Anhembi-Morumbi na Cidade de São Paulo

Como?
Inscrições até o dia 13 de maio no site do Simuladão

Quanto?
GRATUITO

Segundo a Dayna, "é uma forma de treinar para o vestibular e a concorrer a um carro e a notebooks". Concordo plenamente, tanto é que já está divulgado. Também espero que interesse a mais alunos!

terça-feira, 4 de maio de 2010

LivroClip

Li no jornal um nota sobre esse site, o LivroClip, uma equipe que tenta unir os mundos digital e literário por meio de videoclipes. Sim, eles fazem clipes como os de música, mas para livros. E no caso, para os livros do vestibular FUVEST/Unicamp. Além disso tem informação sobre os autores, obras, contexto histórico deste e de muitos outros livros.
Uma bela iniciativa!
Seguem alguns:

"A cidade e as serras", Eça de Queirós


"Dom Casmurro", Machado de Assis


"Auto da barca do inferno", Gil Vicente

sábado, 1 de maio de 2010

Sugestões da Semana (1ª Edição)

Fiquei realmente contente em já poder contar com colaborações nesta semana. Então, como combinado, seguem os links para os textos sugeridos. Quem quiser comentá-los, por favor, fique à vontade.

A verdadeira moral da história
O segredo do sucesso dos contos de fadas é o seu poder de estimular nosso inconsciente. Entenda as entrelinhas psicológicas dos clássicos que mexem com crianças e adultos

Sugestão da Karoline, 2C


Chico Xavier
Nunca entendi o preconceito das pessoas contra o cinema brasileiro. Tudo bem que antigamente a sétima arte brasileira se resumia basicamente a pornochanchadas, mas será que ainda não deu para enxergar nosso potencial, nossa capacidade de produzir belíssimas obras? Taí esse filme que não me deixa mentir. (...)

Sugestão da Helen, 3B

Obs.: A Dona Helen na verdade não sugeriu um texto. Ela enviou a sugestão de um "site" (ou blog coletivo) chamado Artilharia Cultural do qual ela mesma participa. Eu pensei em colocar aqui o (bom) texto dela sobre as queridinhas da MPB atual. Então, ficam as duas possibilidades.


A primeira vez
Semana passada, no meio da tarde, o telefone tocou. Era da escola do João. A coordenadora estava ligando para informar que ele havia se desentendido com um amigo durante a aula de educação física e estava ali, com ela. Fiquei completamente surpreso. Afinal, o era raro o João se meter em encrenca, mais raro ainda chegar às chamadas "vias de fato". Mas assim foi. Caramba!

Sugestão minha!

Espero por novas contribuições para a próxima semana.

As Grécias

Ultimamente a Grécia não tem saído das páginas dos jornais e dos programas de TV, especialmente os de economia. Uma mega crise econômica veio à tona depois de um começo de ano conturbado por uma série de protestos estudantis. Em outras palavras, a Grécia tem ido de crise em crise...
A atenção internacional não é bobagem.
Na última sexta-feira [23.04], a Grécia pediu formalmente ajuda da União Europeia e do FMI para tentar tirar sua economia da grave crise, um dia depois do anúncio de que o deficit público do ano passado --de 13,6% do PIB (Produto Interno Bruto)-- é maior do que o anteriormente calculado e quase o dobro que o registrado no ano anterior.
A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para a economia mundial e a União Europeia.
Há temores de que um agravamento da crise leve a um eventual calote da dívida grega e que países como Portugal, Itália, Espanha e Irlanda acabem entrando pelo mesmo caminho.
Folha de S. Paulo, 28.04.2010
Mas quem pensa em Grécia até hoje e, principalmente, para quem está longe como nós, lembra de outras coisas que não falta de dinheiro ou calote internacional. Vêm à mente deuses, templos, Atenas e Esparta. A Antiguidade é a imagem mais poderosa da Grécia, um tempo em que, aliás, nem existia um país, mas várias Cidades-Estado.
Aproveitando-se disso o cartunista Loredano desenhou esta charge para o jornal O Estado de S. Paulo (29.04.2010). Como é típico da charge há inúmeras referências. A escultura grega com a valorização da força física, o poderia militar (neste caso), agora motivo de piada com a crise. Ao invés de segurar um escudo, protege-se com um barril. Ou ainda, a nudez grega não é coberta com roupas, mas com o símbolo da falta de recursos.

Seria o rei Leônidas, de Esparta, do século XXI?
De qualquer modo é sempre bom lembrar que a piada só tem graça quando entendemos as referências... e quando ninguém precisa explicar. Na próxima eu não comento!




Fonte: a escultura de Leônidas foi fotografada por Brian Morley