As transformações econômicas e sociais que se processaram durante a segunda metade do século XIX acarretaram o aparecimento de uma série de aspirações novas provocando numerosos conflitos. Os meios industriais pleiteavam uma política protecionista, nem sempre aprovada pela lavoura tradicional. Os fazendeiros do Oeste paulista almejavam uma política favorável à imigração. Já os senhores de engenho ou fazendeiros de áreas tradicionais, que ainda dispunham de numerosos escravos, eram contrários a essa orientação preferindo estimular a criação de núcleos coloniais. Alguns grupos urbanos não comprometidos com o sistema escravista empenhavam-se na abolição e pleiteavam maior representação na vida política do país, exigindo a substituição do sistema de eleições indiretas que propiciava a preponderância dos grupos tradicionais pela eleição direta. (...) Havia ainda problemas decorrentes da penetração do capitalismo internacional em vários setores tais como redes ferroviárias, gás, iluminação de rua, instalação de engenhos centrais, criação de Bancos, (...) que eram monopolizadas por estrangeiros.Questão proposta aos alunos da 3ª série:
Face a tantas contradições a solução parecia estar no sistema federativo. A excessiva centralização que caracterizava a administração imperial desgostava uma parcela da opinião pública que considerava tal sistema um entrave ao desenvolvimento do país e à solução dos problemas mais urgentes.
(Emilia Viotti da Costa. Da Monarquia à República: momentos decisivos. P. 309)
Com base no texto e em seus conhecimentos explique o significado de sistema federativo, plataforma política dos republicanos, e porque ele era defendido.
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