Mostrando postagens com marcador Universidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Universidade. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ah, os rankings

Quem acompanha o blog já leu outros comentários sobre rankings de Universidades (AQUI). Essas listagens são bem comuns entre os países de língua inglesa e também entre europeus. De uns tempos para cá os chineses também entraram nessa de "ranquear" as instituições de ensino superior. Há quem diga que é um bom instrumento para auxiliar a escolha dos jovens e até mesmo para estimular as instituições a melhorar seus índices. Eu sou um pouco cético e tenho um pé atrás com qualquer lista, desde os 10 maiores guitarristas de todos os tempos até as 100 melhores universidades do mundo.

Em todo caso, o jornal Folha de S. Paulo, que adora um ranking (basta lembrar das reportagens sobre o ENEM), montou uma equipe para criar o RUF: Ranking Universitário Folha. Reuniram alguns especialistas em avaliação, consultores de recrutamento, índices do Governo (como Capes e CNPq) e montaram uma mega lista com as universidades. Mas prestem atenção, apenas as UNIVERSIDADES. Segundo o MEC, são universidades aquelas instituições que possuem Graduação e Pós-Graduação em diversas áreas do conhecimento e ao menos 33% dos professores com título de Doutor. Portanto, o ranking lista 191 instituições consideradas universidades.

O que mais me chamou a atenção entre todos os critérios de avaliação foi a "avaliação pelo mercado". Atualmente o todo poderoso mercado tem sido o fiel da balança na hora da escolha de muitos jovens. Mas é muito complicado tanto escolher uma carreira tendo em vista a contratação futura do profissional assim como medir a aceitação dos contratadores diante de um diploma de X ou Y. Qual foi a saída?
"(...) Indicadores de reputação no mercado de trabalho e de qualidade de ensino foram desenvolvidos a partir de entrevistas feitas pelo Datafolha com pesquisadores e com executivos de Recursos Humanos."
Por que achei curioso? Bom, os outros critérios são velhos conhecidos - qualidade de ensino, inovação e pesquisa acadêmica -, mas esta "fama" creio que seja inédito. E como o RUF permite criar rankings especiais, você pode ver, por exemplo, a Universidade Presbiteriana Mackenzie ocupar a 31a. posição na listagem geral, mas subir para 11a. posição quando se trata de aceitação do mercado.


Para os muito preguiçosos, um resuminho beeeeem básico:

  • A primeira colocada é a USP
  • A melhor instituição privada no ranking é a PUC-Rio (Jesuíta), em 13o. lugar
  • Das 30 primeiras universidades, apenas 3 NÃO são públicas (federais ou estaduais)
  • Para quem mora em São Paulo (atenção, não é bairrismo!), as públicas paulistas estão no TOP 20, com exceção da recém criada UFABC, em 45o. lugar


Creio que vale uma fuçadinha...

+ AQUI

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Atendendo a pedidos

Comentei hoje em aula sobre o recém divulgado ranking das 200 melhores universidades da América Latina segundo a QS. Minha ideia era só informar a respeito da presença maciça de instituições brasileiras, sendo a maioria universidades públicas. Mas como é comum, o rumo da prosa foi bem além do esperado.
Acabei espantado com quase necessidade que boa parte dos alunos têm em consultar ranking para certificarem-se que estão fazendo uma boa escolha.
Retomando o que foi dito em sala, cada organização que desenvolve um ranking cria sua própria metodologia e seus critérios. Por mais que quase todos adotem produção científica e citações como métrica, os resultados podem variar. A lista elaborada pela organização espanhola CSIC, por exemplo, utiliza apenas a produção on-line. Ou seja, quem não está em peso na internet sai perdendo.

Consulte AQUI o ranking das universidades brasileiras segundo o CSIC.

Eu pessoalmente não gosto de ranking deste tipo. Eles costumam acabar com as particularidades, com os detalhes e, via de regra, só "ajudam" quem não precisa de ajuda: os primeiros colocados.
No caso brasileiro temos a avaliação pelo Ministério da Educação. Na verdade, trata-se de uma certificação acompanhada por um verificação de qualidade. Em tese, seria ótimo que todo mundo desse uma olhada se o curso que escolheu está em dia com suas questões legais para evitar ficar sem diploma depois de 4 anos de estudos.
Como não se trata de um ranking a consulta é por curso dentro de cada instituição. Então, gaste alguns minutinhos verificando todas as informações.

Consulta ao e-MEC

Afora todas as polêmicas a respeito dos critérios de avaliação do MEC, ainda acho mais garantido que ficar consultando guias comprados em banca de jornal.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Começos

No ano passado eu comentei com alunos da 2a. e 3a. séries sobre as minhas impressões quando entrei na faculdade e sobre as possibilidades de trote. Sem perceber e sem desejar, acabei assustando alguns. Independente de eu ter dito que ficar meio perdido no começo da faculdade é normal e que os trotes estão mudando para melhor a cada ano, teve gente que criou uma imagem pouco positiva deste começo.
Para quem sai do colégio, especialmente de uma escola privada, a impressão que se tem é que você está sozinho. De uma hora para outra foi obrigado a se virar por conta própria. Você acorda de um sonho bom - professores que sabem seu nome, coordenação pedagógica que atende aos pedidos de seus pais, inúmeras provas para você tirar nota - e cai numa realidade quase plenamente adulta. A vida universitária (a boa vida universitária em instituições públicas ou privadas sérias e tradicionais) opera uma seleção natural: quem sabe estudar sozinho, quem sabe o que quer, quem sabe planejar e seguir metas pessoais sobrevive.
Se você não aceitava sequer ser mudado de sala no colégio porque ficaria longe de seus amiguinhos, sinto muito, mas a verdade é que provavelmente irá chorar todos os dias nos primeiros meses. Sim, você vai precisar fazer novos amigos! Em todo caso, fica um segredo: isso não é difícil.
Quanto ao trote, fique atento sem perder a ternura. É um momento muito divertido, contanto que não parta para a violência ou humilhação pública. Na real, boas universidades estão deixando a violência para trás. Se seu trote for violento provavelmente você escolheu mal sua faculdade.
No mais, toda experiência maluca é válida. As festas estilo "Eduardo e Mônica" - festa estranha com gente esquisita - são tão significativas quanto bons professores. A única coisa que eu abriria mão seriam os professores picaretas, eles existem aos montes, mas são desnecessários.


Trote da USP de Ribeirão Preto (SP) teve "banho de lama"
"Não estou nem aí. A felicidade é maior do que a sujeira", afirmou Livia Maria Michelassi da Silva, 20, que aceitou a brincadeira e rolou na lama do campus. Caloura de biologia, ela conseguiu uma vaga após dois anos de cursinho.