sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sugestão de leitura

‘Paz para acabar com a paz’ 
Como país aliado, o Brasil participou da Conferência de 1919, após a Primeira Guerra Mundial, mas foram as grandes potências vencedoras que decidiram tudo

Por Eugênio Vargas Garcia, diplomata, professor titular do Instituto Rio Branco e autor de Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920. Brasília: Editora UnB/Funag, 2006

Exemplar em inglês do Tratado

A Galeria dos Espelhos do imponente Palácio de Versalhes, em Paris, estava completamente lotada. Era o dia 28 de junho de 1919, e estavam em jogo os destinos do mundo. Enquanto ministros, delegados e jornalistas disputavam espaço no salão, dois pálidos representantes da Alemanha eram conduzidos à pequena mesa onde um volumoso tratado os esperava. O silêncio abafou todos os murmúrios e o suspense não durou muito. Para alívio geral, os alemães, resignados, assinaram o documento. Do lado de fora, salvas de canhões comemoraram o esperado desfecho. A paz havia sido concluída. Mas que paz era essa?
O Tratado de Versalhes encerrava oficialmente os trabalhos da Conferência de Paz de Paris (1919-1920), convocada para deliberar sobre o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O Brasil, por ter participado do conflito (ver box), estava presente. No entanto, era um ator periférico. Os assuntos europeus centralizavam todas as atenções, como a concessão de independência a países da Europa Oriental (quais?) e a administração da Alemanha derrotada. Problemas concretos de outras regiões, como o equilíbrio de forças na Ásia ou a definição dos mandatos no Oriente Médio, tinham precedência sobre os temas de eventual interesse latino-americano.
[...]
Continua AQUI

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Segundo o dicionário, liberdade de pensamento é o "direito que cada um tem de expor suas opiniões, crenças e doutrinas", e este direito é garantido aqui. No entanto, qualquer comentário sexista, racista ou de algum modo ofensivo será apagado.