quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Era uma vez um império...

Todos que nascem no Brasil são brasileiros e isto parece muito óbvio para nós. Mas isso não se aplica a todos os países e nacionalidades.
Nós temos, grosso modo, os Estados-Nacionais e os Estados Multi-Nacionais. Ou seja, há países em que o Estado (estrutura legal e de poder) e a Nação (identidade coletiva comum a uma determinada população) coincidem, e países em que há um Estado e muitas Nações dentro de um mesmo território nem sempre de forma tranquila. Na Espanha atual, por exemplo, nós temos o Estado espanhol e até mesmo uma identidade espanhola, mas há o País Basco, a Catalunha, etc.
Mas o que queria comentar com vocês é a respeito do Império Austro-Húngaro. Vejam, já no nome há muita informação. Primeiro, define-se por império, ou seja, uma Estado fruto de expansão territórial que abarca diferentes povos sob um mesmo regime, via de regra uma monarquia. Porém, este império iguala em direitos dois povos que terão preferência nos círculos decisórios (governos, administração, educação, etc.): os austríacos e os húngaros. Porém, isto não acaba assim, há ainda uma série de outras nacionalidades envolvidas, populações que reivindicavam maior participação no governo, reconhecimento de sua cultura e de seu idioma e até direito a autonomia administrativa ou total. Em alguns casos como os sérvios, parte desta população já fazia parte de outro país, a Sérvia, e via-se separado dos demais.
Vejam o mapa abaixo (em espanhol):

Italianos, tchecos, eslovacos, eslovenos, poloneses, croatas, sérvios, romenos e outros estavam reunidos dentro do Império Austro-Húngaro.
Quando o Arquiduque Francisco Ferdinando foi a Saraievo pretendia-se anuncia algumas reformas no Império para dar maior autonomia a boa parte destas nacionalidades a fim de acalmar os ânimos e evitar outros conflitos internos. No entanto, seu assassinato acabou colocando mais lenha na fogueira que existia há muito tempo.

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