sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Questão de linguagem

Atualmente se defende que os professores falem a língua dos jovens ou, ao menos, tente diminuir a distância entre realidades ou idades muito diferentes.
Um professor de matemática em Santos foi radical. O raciocínio foi bem preconceituoso simples: ele leciona na periferia da cidade e pensou em usar "casos reais" ao formular problemas para os alunos da 1a. série do Ensino Médio.
Nas questões, o professor pergunta, por exemplo, qual a quantidade de pó de giz que um traficante deverá misturar para ganhar 20% na venda de 200 gramas de heroína ou quantos clientes cada prostituta deverá atender para que o cafetão compre uma dose diária de crack.
In: O Estado de S. Paulo

Genial, não? Não! Além de desnecessário ele deve ter imaginado que isso fizesse parte do universo dos seus estudantes. Prostitutas, drogas, traficantes, etc, não precisam figurar em um problema de matemática para aproximar alunos e professor. Resultado: ele está sendo acusado de apologia ao crime.
Além do mais, para fazer regra de três serve quase qualquer coisa do planeta!!!

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