É comum comentar-se nas escolas que vestibular é treino. Ao contrário do ensino propriamente dito, ou seja, a construção de conhecimento ao longo dos anos, o exame do vestibular tem muito de técnica e estratégia de resolução. Sejamos honestos, é muito difícil reduzir em um dúzia de questões (ou menos) o conteúdo todo de uma disciplina. Portanto, é mais que necessário o(s) formulador(es) da(s) prova(s) pensar(em) que tipo de aluno se deseja ver na universidade. Em outras palavras, como é que se faz para tirar da multidão um lista de indivíduos "mais qualificados". O processo é cruel e geralmente envolve algum grau de injustiça, eu sei. Mas alguns vestibulares têm tentado mudar, nem que seja um pouquinho, este quadro e Unicamp e Unesp se destacam nesta reavaliação seguindo tendências observadas já há algum tempo na prova do ENEM.
Se vestibular, mesmo com mudanças, envolve treino - o tempo é curto, o conteúdo é vasto, o nervosismo é imenso - nada melhor que treinar. E, sinceramente, não estou convicto de que é o papel da escola ficar treinando o aluno para resolver questões de múltipla escolha como se fossem atletas olímpicos. Dividindo bem as responsabilidades, cabe ao aluno fazer os exercícios e ao professor tirar quaisquer dúvidas que surgirem.
Por exemplo, ocorreu ontem o vestibular de meio de ano da Unesp. Instituição séria com prova bem feita, as questões de história estão bem interessantes: valorizam processos, leitura e compreensão de texto e imagem, e abordam quase todos os períodos históricos com igual peso.
A prova está organizada sem a demarcação clara entre as disciplinas, o que é coerente com a proposta. Portanto, as questões de história se misturam a geografia, filosofia, geopolítica, etc. Eu diria que se você resolver da 31 à 42 certamente dará conta do conteúdo.
Prova de Conhecimentos Gerais - UNESP, 12.06.2011
Gabarito da Prova - UNESP, 12.06.2011
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