quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Guerra ou Paz?

A opção pela paz hoje em dia faz sentido para a maior parte das pessoas. Mesmo considerando que ainda fazemos a guerra de modo geral. Por mais que vivamos em um mundo violento optar pela não-violência não nos parece estranho. Mas não foi sempre assim e talvez nem sempre seja...
É comum vermos no cinema o heroísmo de soldados e as "virtudes" de uma guerra ou batalha. Filmes de guerra alcançam, em geral, grande sucesso. E antes disso, os livros também.
Em 1929 foi lançado na Alemanha talvez o primeiro livro realmente pacifista, responsável por retratar a I Guerra Mundial (1914-1918) como uma horrível carnificina, um ato sem sentido para quem luta e morre por uma ideia ou decisão tomada por pessoas que nunca chegariam perto dos campos de batalha. Este livro se chama Nada de novo no front de Erich Maria Remarque, um ex-soldado ferido três vezes na guerra. Tendo como base as memórias do autor o livro conta a história de Paul Bäumer, soldado de cerca de 20 anos que se alistou no exército por influência de seus professores e outros adultos, largando os estudos e os planos para o futuro.
O livro fez enorme sucesso na Alemanha e em outros países criticando a guerra e as pessoas que a justificavam como necessidade ou dever patriótico. Alguns anos depois os nazistas ordenaram a queima em praça pública do livro de Remarque por considerar que ofendia a honra dos soldados alemães, assim como cassaram a cidadania alemã do autor.
Apesar de ter sido transformado em filme em 1930 é uma outra produção pode ilustrar o mesmo contexto abordado no livro. O filme em questão é Feliz Natal, de 2005.




Para quem quiser o livro, há uma edição de bolso da L&PM com preço bem acessível.

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