"Os "sans-culottes" [foram] um movimento disforme, sobretudo urbano, de trabalhaãores pobres, pequenos artesãos, lojistas, artífices, pequenos empresários etc. Os sans-culottes eram organizados, principalmente nas "seções" [bairros mais populares] de Paris e nos clubes políticos locais, e forneciam a principal força de choque da revolução - eram eles os verdadeiros manifestantes, agitadores, construtores de barricadas. Através de jornalistas como Marat e Hébert, através de porta-vozes locais, eles também formularam uma política, por trás da qual estava um ideal social contraditório e vagamente definido, que combinava o respeito pela (pequena) propriedade privada com a hostilidade aos ricos, trabalho garantido pelo governo, salários e segurança social para o homem pobre, uma democracia extremada, de igualdade e de liberdade, localizada e direta."
Eric Hobsbawm. A Era das Revoluções.
Esses tipicos revolucionários se distinguiam dos demais também pela roupa. Por não usarem os calções (bermudas) típicos da aristocracia, mas sim calças compridas, acabaram ganhando o apelido de "sem-calção".
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