sexta-feira, 9 de março de 2012

Um passado presente

Nós estudamos história, simplificando bastante, porque somos seres com memória e porque o passado possui suas permanências. Ou seja, o que foi feito, pensado, falado, etc, continua de alguma forma presente nos mais diferentes aspectos das nossas vidas. No entanto, há "coisas" que são mais presentes, em parte porque são recentes ou, ainda, porque sua influência é enorme sobre nossas vidas. Este é o caso da Ditadura Militar que, apesar de encerrada em 1985, ainda é assunto de muito debate. Veja o caso da Comissão da Verdade a ser instalada pelo Governo Federal para investigar e analisar os crimes cometidos durante aquele terrível regime de exceção.
Com enorme frequência os jornais também noticiam algum novidade sobre a Ditadura. Alguma informação recém-descoberta, um testemunho, o lançamento de um novo livro. Exemplos de que a interpretação histórica daquele período está em pleno processo e muito longe de um consenso (como se isso fosse possível ou desejável).
Nesta semana, saíram duas interessantes notícias que valem a leitura.

Sobre o começo:
Militares planejaram golpe três anos antes, em 1961
Post do blog mantido pelo jornalista Jamil Chade, correspondente d'O Estado de S. Paulo na Europa.
Há outros posts interessantíssimos sobre a mesma temática AQUI.


Sobre o fim:
Foto de Herzog enforcado alimentou luta interna entre militares na ditadura
Documento mostra como a imagem do jornalista morto em cela do DOI-Codi foi manipulada

A morte do jornalista Vladimir Herzog numa cela do DOI-Codi em São Paulo, em 25 de outubro de 1975, alimentou uma disputa interna de poder na ditadura militar. Documento divulgado na terça-feira, 6, pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) é uma nova peça importante no quebra-cabeça desse caso e serve como mais uma prova de que a famosa foto do jornalista enforcado dentro da cela, divulgada pelos militares, foi manipulada pela ditadura.

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