Porém, é lógico que só colocar a imagem aqui não tem graça. Vamos aprofundar um pouquinho.
Durante a II Guerra Mundial os diversos governos - democráticos ou totalitários - tentaram conquistar a opinião pública. O melhor caminho é sempre com imagens e, em tempos pré-televisão e internet, os cartazes são simplesmente certeiros. Como vimos em aula e mesmo aqui no blog, os alemães, italianos, soviéticos, estadunidenses, ingleses, todos usaram e abusaram dos símbolos, dos clichês, do drama e das palavras de ordem. O jovem nazista ou fascista, o operário soviético e o Tio Sam eram figuras frequentes e formam hoje toda uma iconografia do período.
O cartaz acima, por sua vez, fazia parte das campanhas do Império Japonês. Um gigante samurai, quase um Colosso de Rodes destemido, massacra uma indefesa frota de navios inimigos. Estes pequenos barquinhos de guerra seriam certamente dos EUA, o oponente óbvio na Guerra do Pacífico. Atrás do samurai, as bandeiras dos países do Eixo. Da esquerda para a direita, a Alemanha Nazista, o Império Japonês e a Itália Fascista.
Para se ter um pouco a ideia do nascionalismo japonês nesta época e a dimensão do Colosso nipônico, observem o mapa a seguir. Lembre-se, contudo, que até meados do século XIX o Japão havia se mantido isolado, abrindo-se para a modernização industrial (e ocidental) apenas a partir do final da década de 1860.
Império Japonês em agosto de 1942 |
Guerra de cartazes: a resposta dos EUA a Pearl Harbor |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Segundo o dicionário, liberdade de pensamento é o "direito que cada um tem de expor suas opiniões, crenças e doutrinas", e este direito é garantido aqui. No entanto, qualquer comentário sexista, racista ou de algum modo ofensivo será apagado.