quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Choque de realidade

Faz muito tempo que não vejo uma sacada tão genial sobre algo tão simples, tão óbvio!
Vejam o vídeo abaixo, feito por Élcio Coronato, um dos pais do formato vídeo blog. A premissa é simples: as pessoas aceitam como naturais algumas atitudes ou comportamentos se isto parte de determinada classe social, mas se há alguma inversão...



Reparem bem!!! Quando o Coronato está vestido de mendigo comer "lixo" parece normal, natural, previsível. Tanto é que ninguém nota. Mas quando ele está de terno e gravata todos ao seu redor notam e chegam a oferecer comida!

Vi no Jacaré Banguela, e ainda estou em choque.

Evento no Sanfra


Escolher a carreira a seguir depois de deixar o Colégio não é fácil para ninguém. Mesmo aqueles que hoje têm certeza já estiveram em dúvida. E todo mundo sabe que a única forma de vencer as incertezas é conhecer melhor o universo das profissões.
O Fórum de Profissões do Sanfra acontecerá em dois dias. No dia 14 de setembro teremos uma palestra inicial seguida por bate-papos com profissionais das Engenharias. No dia seguinte, esta mesma estrutura se repete, agora com as carreiras das Humanidades e Biológicas.
Vamos?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Política e autonomia na escola

Podemos pensar a política como a forma de resolver conflitos por meio da discussão e da negociação. Esta definição é bem ampla, propositadamente ampla, mas exige três cuidados. Primeiro, não podemos ver "conflito" como briga ou hostilidade, e sim como divergência(s) natural(ais) dentro de grupos humanos. Segundo, o mesmo cuidado é exigido do termo "discussão", afinal não se trata de bate-boca ou de uma disputa agressiva. Por fim, "negociação" não é manipulação, venda de apoio ou qualquer outra forma de deturpação das opiniões de cada um. Apenas deve-se aceitar que é virtualmente impossível que algo agrade a absolutamente todos sempre.
Mas qual o motivo de tudo isso?
Simples. Estamos habituados a ver política em alguns ambiente - e épocas - muito específicos. Política acontece na Câmara dos Vereadores, no Congresso, no Horário Político em época de eleição. Política é aquilo que está em um determinado caderno dos jornais. Política é aquele assunto chato que professores de História, Geografia, Filosofia e Sociologia adoram discutir. No final das contas, a política sempre está onde a menor parte da população se encontra.
O "x" da questão é que a política está em todo lugar. A partir do momento em que "optamos" por viver em sociedade (ou mesmo antes, basta viver em comunidade) estamos "condenados" a resolver conflitos por meio da discussão e da negociação. Sim, vivemos a política todos os dias e em todos os lugares!
Há uma política familiar, uma política do prédio (na reunião de Condomínio), uma política na hora de escolher os times para jogar bola e, sim, há uma política no ambiente escolar. No entanto, nós nem sempre sabemos ou queremos lidar com tanta participação política e acabamos sucumbindo a um processo mais simples: a decisão autoritária onde poucos decidem e os demais obedecem. É cômodo para quem manda e, muitas vezes, também para quem obedece.
Hoje li no jornal um caso muito interessante que aconteceu em Santa Catarina. Uma aluna de 13 anos decidiu expor os problemas da escola (pública) em que ela estuda por meio do Facebook. 

Aluna vira alvo ao expor escola em rede social

Ela afirma que havia tentado por outros canais, mas que nunca nada era feito. Segundo a reportagem, sempre de modo polido, a estudante postava fotos e comentários denunciando vidros quebrados, fios desencapados, falta de professores, etc. A reação da escola acabou sendo o contrário do que se espera na democracia: tentou-se coibir a aluna parar com a página e passou-se a hostilizar o comportamento da garota.
Mas que não se pense que isto é um problema brasileiro. Há alguns meses uma aluna inglesa passou a postar fotografias e comentárias sobre a merenda escolar em um blog dando notas para a qualidade e para a "saúde" das refeições. A direção do colégio foi no mesmo sentido do caso de Florianópolis.

Aluna inglesa fotografa merenda, dá "notas" para a comida e recebe apoio de Jamie Oliver

A vida política e, em particular, a vida democrática é muito difícil. O mais natural é seguir o velho ditado que diz "manda quem pode e obedece quem tem juízo". Porém, o natural não necessariamente é o melhor para a coletividade.
Ao mesmo tempo, é fundamental destacar que em ambos os casos não se trata de calúnia, difamação ou detratação das escolas e dos professores. Como eu disse no início, não é falar mal, brigar ou xingar o caminho. Mas a política de forma serena e naturalizada. Isto é, tornada natural.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

FUVEST 2013: inscrições abertas!

Pessoal interessado em entrar na USP ou em Medicina na Santa Casa, atenção com o calendário.
Começam hoje, dia 24 de agosto, as inscrições para o Vestibular 2013!!



Organize-se:
Manual do candidata AQUI.
24/08 a 10/09 - Inscrições
14 a 19/10 - Provas de Habilidades Específicas antecipadas das carreiras de Música São Paulo e Artes Visuais. 
05/11 - Divulgação das listas de aprovados nas Provas de Habilidades Específicas antecipadas de Música (São Paulo) e Artes Visuais.
19/11 - Divulgação dos locais de exame da 1ª fase.
25/11 - Prova da 1ª fase da FUVEST.
17/12 - Divulgação da lista de convocados e dos locais de exames da 2ª fase.
06 a 08/01 - Provas de 2ª fase da FUVEST.
09 a 11/01 - Provas de Habilidades Específicas.
02/02 - Divulgação da 1ª chamada.


Quem preferir imprimir o calendário oficial AQUI.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sem cultura?

Tem gente - muita gente! - que adora dizer que "o brasileiro não tem cultura" ou que "lá fora todo mundo vai ao museu". Afora o insuperável elitismo, segundo o qual cultura é só aquela que está dentro do museu, do teatro ou na Sala São Paulo, temos os fatos. E como dizem, contra fatos não há argumentos.
O brasileiro adora museu e adora exposições. Se isso não fosse verdade não teríamos tanta gente visitando Museu Paulista (o do Ipiranga), da Língua Portuguesa, Pinacoteca e todas as exposições que pintam no Centro Cultural Banco do Brasil ou no da Caixa.
Para quem não ficou sabendo, a expo "Impressionismo: Paris e a Modernidade" que está em cartaz no CCBB desde o dia 4 de agosto é um sucesso tão impressionante (perdão pelo trocadilho) que a organização teve que pensar novos horários. Na impossibilidade de estender a mostra resolveram fazer a Virada Impressionista: no dia 7 de setembro, sexta-feira, as portas serão abertas às 10h e só se fecharão às 23h de sábado, 8 de setembro!!!
Fico imaginando como será quando, na sequência, a exposição for para o CCBB do Rio que é maior e pode acolher um público ainda mais numeroso.
Em resumo, não falta cultura. Faltam bons motivos para o brasileiro ir ao museu.



Impressionismo: Paris e a Modernidade
4 de agosto a 7 de outubro
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112
Centro – São Paulo – SP
Terça a quinta – 10h às 22h
Sexta – 10h às 23h
Sábado e domingo – 8h às 23h
Informações:  (11) 3113-3651 / 3113-3652



Vi a notícia AQUI.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sobre a ideia de igualdade

Muito se fala (e se falou ao longo da História) sobre a ideia de igualdade. A sociedade contemporânea, nascida do pensamento racional ocidental e das Revoluções Burguesas, baseia-se na igualdade jurídica. É verdade que a igualdade social permanece como um desejo, mas a igualdade legal, aquela que diz "somos todos iguais perante a lei" marca, em tese, a morte dos privilégios. No caso da Revolução Francesa, por exemplo, tinha-se a morte dos privilégios da nobreza e do clero, dos monopólios reais e das distinções por nascimento.
No entanto, no Brasil a luta contra privilégio sempre teve um caminho muito tortuoso. A desigualdade é quase natural e de difícil combate. Em muitos casos luta-se mais para conseguir privilégios para si que para garantir a igualdade perante os demais. Como o antropólogo Roberto da Matta já tratou, o "sabe com quem você está falando" é um indicativo deste universo cultural. O pretenso "doutor", seja por ter ou por parecer ter dinheiro, já se considera superior. Para citar apenas mais um exemplo, temos os juízes, guardiões das leis que garantem nossa igualdade, também defensores de vagas exclusivas de estacionamento em frente aos tribunais, mas em plena via pública. E que fique claro: público = de e para todos!
Diante deste cenário todo li com muito interesse a carta de um leitor do jornal Folha de S. Paulo em 18 de agosto e gostaria de compartilhar com todos vocês. Leiam com atenção!

'Como todo brasileiro, ciclista odeia a igualdade', diz leitor
ALEXANDRE PINHEIRO
Moro no Rio. Estava prestes a atravessar a calçada de uma rua próxima à minha casa quando alguém parou de repente a poucos centímetros das minhas costas, fazendo um som com a boca.
Virei-me, surpreso, e havia uma moça na contramão em uma bicicleta que, por pouco, não me atingiu. Quando passou por mim, eu senti que tinha o direito de reclamar e falei: "Pô, na contramão?!".
Mas eu esqueci que estava diante de uma raça superior, a dos ciclistas, e fui devidamente xingado de "babaca".
Certamente a ciclista viu no meu rosto que eu não sei andar de bicicleta e sou usuário de transporte público, visto que não tenho automóvel (assim como meus pais nunca tiveram) nem mesmo sei dirigir. Em outras palavras, eu sou um mero pedestre e por isso valho muito pouco diante da superioridade moral dos ciclistas --afinal, eles salvarão o planeta de gente como eu, que depende do transporte público poluente.
Infelizmente, essa pretensa superioridade moral dos ciclistas --facilmente observada quando trafegam na contramão, na calçada, avançando sinais-- não me surpreende nem um pouco. Aliás, vejo aí um comportamento típico dos brasileiros: nosso ódio visceral pela igualdade.
Quando vejo os ciclistas, não consigo evitar de pensar em uma hipótese que talvez servisse para meus colegas pesquisadores das ciências sociais: o uso da bicicleta esconde a repulsa de seus usuários pelo contato com os outros --seja físico, no ônibus ou no metrô, seja dividindo o mesmo espaço na rua, dentro dos carros (em ambos os casos, todos são iguais, estão todos na mesma situação e não importa quem tem mais capital cultural, social ou econômico).
O ciclista não apenas se afasta das pessoas, como também se põe acima dela.
Alguns alegarão que não posso generalizar, pois há o "bom ciclista" e o "mau ciclista". Concordo. Mas, quando um deles é atropelado, transformam-se nos ciclistas. Quando é para elogiar e paparicar quem usa bicicleta para salvar o planeta ou a si mesmo, são todos ciclistas. Ou seja: o bônus é de todos; o ônus é individual. Como todo brasileiro, ciclista odeia a igualdade.

Pense nisso!

Leitura quase obrigatória

Alguns assuntos são importantes não só porque caem em Vestibular, mas porque realmente dizem respeito ao mundo no qual nos inserimos. A não ser que você queira se manter alienado, isolado, sem tomar parte em nada e só sendo conduzido, é fundamental parar para pensar o universo que nos rodeia, seja política, economia ou meio ambiente. E sejamos honestos, não da pra separar essas coisas.
Portanto, fica aqui minha sugestão de leitura: o excelente dossiê da Revista pré-Univesp de agosto fazendo um Balanço da Rio+20.
Só para ter uma ideia de tudo que você vai encontrar nesta edição, algumas sugestões:

Da Rio 92 a Rio+20: o que mudou?Do desenvolvimento sustentável à economia verde: as questões ambientais seguem como um dos maiores desafios da humanidade

Cúpula do Rio regride nos direitos da mulher
A retirada do acesso aos direitos reprodutivos da mulher do documento final da reunião causou discórdia no movimento feminista e líderes de Estado

Nova ciência para o desenvolvimento sustentável (entrevista)
Para diretora da Divisão de Políticas Científicas da Unesco, transição para economia verde e sustentável exige mudanças de pensamento e de atitudes em todos os setores

O futuro que queremos é já
Para pesquisadores do Idec, a responsabilidade pela mudança nos padrões de produção e consumo precisa ser compartilhada por governos, empresas e sociedade civil


Na revista tem mais artigos, infográficos, textos literários e vídeos.
E se você só funciona na base do "isso cai no vestibular", ok: SIM, ISSO VAI CAIR NO VESTIBULAR!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

CineSanfra III

Neste mês o CineSanfra traz uma comédia, ainda que dramática!
Veja a sinopse abaixo e prepare-se para uma discussão no campo da linguagem e da literatura.

Mais Estranho que a Ficção 
Certa manhã, Harold Crick (Will Ferrell), um funcionário da Receita Federal, passa a ouvir seus pensamentos como se fossem narrados por uma voz feminina. A voz narra não apenas suas ideias, mas também seus sentimentos e atos com grande precisão. Apenas Harold consegue ouvir esta voz, o que o faz ficar agoniado. Esta sensação aumenta ainda mais quando descobre pela voz que está prestes a morrer, o que o faz desesperadamente tentar descobrir quem está falando em sua cabeça e como impedir sua própria morte.

Interessado?
Inscrições com a Profa. Renata.
Sessão no dia 24 de agosto, sexta-feira, às 14h.

Não se esqueça de ler o texto de apoio já disponível no GIC.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A fina ironia

Um dos debates mais importantes do ano e com potencial para ser o mais importante da década é a respeito da Comissão Nacional da Verdade criada para rever os crimes cometidos contra os Direitos Humanos entre 1946 e 1988 (com ênfase, claro, na Ditadura Militar). Os contrários à Comissão, especialmente militares e civis ligados aos governos militares, alegam que a Lei da Anistia está sendo desrespeitada.
Bom, eu já falei disso antes AQUI. O que eu gostaria de colocar neste espaço hoje é algo mais leve, mais fino, mais elegante, mas nem por isso menos preciso, crítico e perspicaz: uma charge do cartunista Angeli. O artista conseguiu reunir o espírito "bicho-grilo" dos anos 60 ao espírito autoritário da mesma época.


Só rindo... sorrindo.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Lembrete: atividades optativas

Alunos da 2a. e da 3a. série,

Já estão no GIC as propostas de atividades optativas para o 3o. bimestre. 
Confiram lá e, qualquer dúvida, me procurem!
Fiquem atentos ao prazo: 6 de setembro.

Uma sugestão de leitura e de reflexão

Atualmente quase todo mundo estã conectado a redes sociais. Na verdade, se você está lendo este post é porque, certamente, participa de alguma rede. Em todo caso, devemos manter em mente que a ideia de rede social não é nova. Se atodarmos uma definição ampla como conjunto de pessoas ligadas por interesses pessoais, perfis econômicos e algum grau de parentesco em comuns, as redes sociais existem desde o começo dos tempos. O que é novo de fato é a rede social virtual e com uma abrangência quase infinita. E infinita também são suas possibilidades de uso: sociabilidade, trabalho, estudo, lazer, etc.
Diante deste cenário não é de se espantar com o aumento de estudos a respeito das redes sociais. Todo mundo acompanhou com muita curiosidade os efeitos desta comunicação em rede nos eventos chamados de "Primavera Árabe". E recentemente foi lançado um interessante estudo sobre as redes sociais e a superação da pobreza. Leia a reportagem da Revista FAPESP. Vale a leitura!




Papel das redes sociais na superação da pobreza é tema de livro de pesquisador brasileiro lançado no Reino Unido
O papel das redes sociais na superação da pobreza e da segregação é o tema do livro Opportunities and Deprivation in the Urban South, lançado recentemente no Reino Unido pela editora Ashgate.
A obra é baseada na tese de livre-docência de Eduardo Cesar Leão Marques, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP e também um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT). Para a realização do livro a coleta de dados foi ampliada e complementada por pesquisa qualitativa sobre o uso das redes no cotidiano dos indivíduos.
A pesquisa partiu do pressuposto – amplamente aceito na literatura científica nacional e internacional – de que segregação espacial tende a produzir segregação social. Segundo Marques, isso quer dizer que, embora duas pessoas possam ter a mesma renda, uma delas pode ter piores condições de vida e perspectivas de futuro se estiver isolada espacialmente, com menos acesso a serviços públicos, à informação e a contatos com outros grupos sociais diferentes do seu.
O objetivo do estudo foi investigar de que forma as redes de relacionamento de indivíduos em situação de pobreza poderiam influenciar essa equação. “Nossa hipótese era que haveria diferentes graus de isolamento de acordo com os tipos de redes sociais que as pessoas possuem”, disse Marques.
Para testar a teoria, pesquisadores do CEM analisaram as redes sociais de 210 pessoas em sete diferentes regiões pobres de São Paulo. “Selecionamos moradores de favelas segregadas, favelas situadas perto de bairros ricos e em distritos industriais, conjuntos habitacionais e cortiços. Também foram investigadas as redes de 30 pessoas de classe média, apenas para ter um padrão de comparação”, disse Marques.
As informações levantadas foram então relacionadas com uma série de indicadores sociais. Isso permitiu identificar, por exemplo, a influência que as redes de relacionamento tinham sobre a renda dos entrevistados e sobre a probabilidade de estarem empregados e conquistarem empregos com algum grau de proteção e estabilidade.
“Percebemos que as pessoas com grande parte de sua rede social em ambientes organizacionais – como empresas, associações comunitárias, igrejas e organizações políticas – tinham melhores condições de vida quando comparadas a indivíduos com redes muito locais, centradas na vizinhança, nos amigos e na família”, disse Marques.
Segundo os resultados do estudo, o contato com pessoas diferentes facilita a superação da pobreza porque promove a circulação da informação, de recursos econômicos e de repertórios culturais.
“O tamanho da rede social não fez tanta diferença. Ela pode ter um tamanho médio, mas não pode ser muito local e homogênea. Se uma pessoa pobre tem contato apenas com gente igualmente pobre e desempregada, as chances de conseguir sair daquela situação são pequenas”, disse Marques.
(Continua AQUI)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Voto de cabresto e curral eleitoral

As duas expressões acima são velhas conhecidas da história política. Durante a chamada República Velha ou Oligárquica, tempo do voto aberto, a liberdade do eleitor era quase um luxo em algumas regiões do Brasil. Poderosos locais faziam uso de sua influência e/ou poder econômico para "sugerir" (leia-se obrigar) seus funcionários e agregados a votarem no candidato que lhes interessava.


Este fenômeno, chamado de clientelismo, há muito deixou de ter o mesmo peso na política brasileira, mas em certos lugares ou em certas circunstâncias ela ainda mostra sua cara. Exemplo disso é a discussão surgida por conta das eleições municipais em São Paulo deste ano. Quase todos os candidatos estão correndo atrás de apoio político de lideranças religiosas, principalmente evangélicas. E, rapidamente, o debate sobre o voto de cabresto (com esses termos mesmo) veio à tona.
O candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, minimizou neste domingo, 12, a conversão em votos da corrida dos candidatos em busca de apoio de líderes religiosos na eleição municipal. Para o peemedebista, é legítimo que seus adversários procurem o apoio de padres e pastores e a adesão desses líderes a uma candidatura deve se dar por afinidade política e religiosa, mas isso não se traduzirá necessariamente em voto. "(Essa busca por apoio de religiosos) ajuda porque a igreja tem líderes. Quando os líderes se convencem do melhor candidato, eles podem influenciar, podem orientar, mas não acredito mais em voto de cabresto. Acho que, se o líder vai para um lado e as pessoas percebem que este lado não é o melhor para a cidade, elas escolhem o que acham que há de melhor", disse o candidato.
Para quem acha que o fantasma do clientelismo é exclusividade de áreas interioranas e longe dos grandes centros a fala, quase "ingênua", do candidato serve de lembrança.
Como lidar?


Para quem quiser ler a matéria inteira, clique AQUI.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

4a. ONHB, aí vamos nós!

Após alguma emoção (por deixarmos a inscrição para os últimos dias!), estamos prontos para participar da 4a. Olimpíada Nacional em História do Brasil, a ONHB!
No ano passado, nossa primeira participação, inscrevemos 3 equipes e chegamos à 5a. fase (semifinal). Agora, com 6 equipes e a experiência acumulada pelos alunos de 2011, podemos desejar chegar à final, é claro. Mas o caminho é longo.
Como novidade este ano temos a participação de alunos do 9o. ano e uma maioria da 1a. série, ou seja, gente que poderá se engajar em mais de uma edição. No mais, a mesma vontade e disposição em realizar provas semanais a partir de 20 de agosto até cerca de 20 de outubro. Além de participar do grupo de estudo todas às quartas-feiras!

Mais ou menos os "olímpicos" de 2011, pois falta a Ana Flávia e sobra o Serginho.

Os "olímpicos" de 2012 em nossa primeira reunião.
As equipes e seus respectivos membros são:
Vitamina de Alunos: Natasha Flausino, Raphael Pavan e Viviane Fernandes
HistSanfra: Gabriela Pereira da Costa, Beatriz Zanoni e Vinícius Roldan
Estorika: Lucas Celandroni, Stephanie Nardi e Victor Lobato
Ekeep Walking: Bruno Matsumura, Cesar Pellito e Aline Naomi
Família sem conflitos: Thomas Marino, Guilherme Joaquim e Mariana Bastos
Sanfranáticos: Ana Terra, Carolynne Nawa, Victor Roldan

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

4a. Olimpíada Nacional em História do Brasil

Pessoal do Ensino Médio,

As inscrições para a 4a. ONHB vão até o dia 10 de agosto, como tenho lembrado nas salas de aula. 
Estou aguardando a manifestação dos interessados para que possamos formar as equipes. Portanto, se você já reuniu 3 olímpicos (da mesma série ou de séries diferentes), me procure. Se você não tem equipe formada, mas quer participar, também me procure.
Conto com vocês!

Atualização:
Os interessados devem comparecer na quarta-feira, dia 8, às 14h, para reunião na minha sala.

Mais informações AQUI.

Voltando...

Depois de um longo e tenebroso inverno (também conhecido como "merecidas férias") estamos voltando às atividades. O blog, pra variar, vai um pouco mais devagar que a sala de aula e, depois, pega o embalo. Ou, pelo menos, assim espero.
Para começar o segundo semestre com o pé direito, um pouco de humor.

Nem tudo na História é briga, mas é inegável que um de seus motores é o conflito. Pequeno ou grande, o confronto entre opiniões, práticas ou perspectivas diferentes movimenta os milênios. Será algo da natureza humana? Ou no espírito masculino que, gostemos ou não, tem ditados os rumos do mundo?


A tirinha é do cartunista espanhol Alberto Montt e a tradução, assim como a publicação original, é do Chongas (recomendo este blog!)