quinta-feira, 30 de junho de 2011

Férias!

Começam amanhã (ou hoje?) as férias escolares. Como o principal objetivo do blog é acompanhar os estudos, não faz muito sentido continuar postando conteúdos inéditos ao longo do mês de julho. Além disso, eu também mereço um descanso até mesmo para poder pensar em coisas novas para este espaço aqui.
Aos estudantes, duas recomendações:
  • aproveite o tempo livre para relaxar, mas não deixe de ler alguns livros, ir ao cinema, etc. Saia da rotina das aulas, mas não desligue seu cérebro.
  • lembre-se que agosto não é um começo de ano, é uma retomada dos estudos que já estão em andamento. Então, nada de perder tempo no 3o. Bimestre!


P.S. É claro que no caso dos vestibulandos a vida é menos mansa. Trate de estudar em julho também, ainda que com moderação.


Em agosto estaremos de volta!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dica quente!

Uma boa dica para os vestibulandos dedicados.
O UOL, por meio de seu canal UOL Vestibular, oferece uma série de roteiros de estudo e exercícios. A proposta é bem interessante se encararmos sob a lógica massacrante dos vestibulares: nos roteiros semanais você vai encontrar duas matérias por dia, de segunda a sexta-feira, pensando em 4 a 5 horas de estudo diário. Cada tópico apresenta leituras básicas, conceitos e links para aprofundamento, bem como exercícios e simulados. Ou seja, para quem tem disciplina e consegue estudar por conta própria é um prato cheio, todo o planejamento está pronto e você pode dispensar aquele cursinho caro que tenta vender "milagres".
A receita para a maior parte dos vestibulares é só uma: estudo por repetição (= treino).

2 sambas e 2 exercícios

O samba talvez seja uma das manifestações culturais brasileiras mais identificada com a identidade nacional. Mas isso não se deu naturalmente, por acaso, e sim pelo uso sistemático do Estado Novo de Getúlio Vargas entre 1937 e 1845. Buscando atingir a população brasileira e, ao mesmo tempo, desejando moldar um caráter nacional, o governo varguista usou-se do samba promovendo-o a ritmo tipicamente nacional.
Esta leitura não é recente e atualmente todo livro de história aborda esta temática. Não é de se estranhar, portanto, que o binômio Vargas-Samba esteja presente nos vestibulares. Vejamos dois exercícios muito curiosos.

1. Fuvest - 2000
Com meu chapéu de lado, tamanco arrastando
Lenço no pescoço, navalha no bolso
Eu passo gingando, provoco e desafio
Eu tenho orgulho de ser vadio.
(Wilson Batista, 1933)
Quem trabalha é quem tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
o bonde de São Januário
leva mais um operário
sou eu que vou trabalhar.
(Wilson Batista/Ataulfo Alves, 1940)
Da comparação entre as letras desses sambas, depreende-se que:

(A) as mudanças visíveis nos conteúdos dos sambas sugerem adesão à ideologia do Estado Novo.
(B) as mudanças significativas de conteúdo decorrem da valorização do trabalho industrial no Rio de Janeiro.
(C) as datas das composições correspondem ao mesmo período do governo de Vargas, indicando que as mudanças são mera coincidência.
(D) as mudanças das letras não são significativas, já que ambas as composições tratam de problemas de gente pobre e humilde.
(E) as letras das músicas estão distantes dos interesses políticos do Estado Novo, que não se preocupava em fazer propaganda.

Comentário: A questão não é nem um pouco difícil, contato que se tome alguns cuidados. Primeiro, é fundamental lembrar que a chamada "Era Vargas" compreende 3 períodos bem distintos: Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e Estado Novo (1937-1945). Em segundo lugar, deve-se levar em consideração que a ditadura do Estado Novo possuía inspirações fascistas e Vargas buscou construir sua imagem como líder nacional, conciliador e "pai dos pobres". A Propaganda oficial também serviu para construir uma nova imagem do Brasil e disseminar o que seria o caráter nacional calcado no trabalho e no patriotismo. E é neste ponto específico que o samba servirá ao Estado Novo.
Resposta: A

2. UFMG - 2008
Leia estas duas letras de samba, comparando-as:
"Eu passo gingando
Provoco e desafio
Eu tenho orgulho
De ser tão vadio.
Sei que eles falam
Deste meu proceder
Eu vejo quem trabalha
Andar no miserê."
(Lenço no pescoço,1933, de Wilson Batista)
"Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário:
Sou eu que vou trabalhar.
Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Vejam vocês:
Sou feliz, vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém
É, digo bem."
(O bonde de São Januário, 1940, de Wilson Batista e Ataulfo Alves)
A partir dessa leitura comparativa e considerando-se o período em que foram escritas, bem como outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que, nas duas letras, se torna evidente

(A) o aumento do poder de compra dos salários no período, com a garantia da estabilidade da moeda pelo Governo.
(B) a liberdade criativa do artista popular, o que possibilitava um debate aberto de temas polêmicos da realidade nacional.
(C) a adequação da produção musical urbana ao contexto político, caracterizado pelo crescente intervencionismo estatal.
(D) o crescimento da capacidade de poupança, como conseqüência do poder de pressão de sindicatos autônomos.

Comentário: A primeira constatação que fazemos é que os formuladores dos vestibulares se leem: oito anos depois o pessoal da UFMG resolveu requentar as mesmas músicas usadas pela Fuvest. Ou seja, mais um ponto para quem se exercita resolvendo vestibulares antigos. Mas a questão em si parece-me mais fácil que a da Fuvest, pois é bem mais genérica no que diz respeito à cronologia histórica, exigindo quase que apenas leitura e interpretação. Considerando que Lenço no pescoço se localiza temporalmente no Governo Provisório de Vargas que, apesar de não ser democrático, estava longe de ser a ditadura do Estado Novo, e que Bonde de São Januário, por sua vez, está inscrita em pleno regime autoritário estadonovista, não há muito o que dizer. Fica mais fácil se você trocar "produção musical urbana" por "samba" e "intervencionismo estatal" por "propaganda oficial e censura".
Resposta: C

Um pouco da história do samba

Eu queria postar por aqui um pouco sobre o samba e sua história, afinal tratamos de modo um pouco pontual em sala. O samba acabou entrando nos conteúdos de aula não só por seu caráter identitário, ligado a um "espírito nacional", mas porque foi adotado pelo Estado Novo de Getúlio Vargas. No entanto este ritmo musical não surge nem acaba com Vargas, portanto é fundamental contemplar um horizonte mais amplo.
Como sabia que o aluno Matheus Mans Dametto (3a. série) é um apreciador do samba, pedi que ele redigisse um texto para o blog. Segue, então, a segunda contribuição de um aluno.


Uma reunião de músicos e compositores, em 1917, na casa da Tia Ciata, levou à composição do primeiro samba a ser registrado e gravado. O sambista Donga em parceria com Mauro de Almeida foram os sambistas responsáveis pela composição da memorável “Pelo Telefone” e que desencadeou uma série de outras composições deste novo ritmo, resultado de uma mistura de culturas africanas.
O sucesso que tal música causou na população pobre e suburbana da ‘cidade maravilhosa’ foi tamanho que novos sambistas e compositores deste novo estilo foram surgindo. Porém, este estilo musical não era bem visto pelas autoridades, sendo que quem fosse pego batucando nas ruas, era levado direto à delegacia da cidade. Foi só na década de 1940 que o samba foi aceito, promovendo um povo mais fiel ao Estado devido ao patriotismo embutido no novo ritmo nacional, sendo que a partir daí novos sambistas surgiram e os pioneiros se consagraram, a exemplo de Sinhô e Heitor dos Prazeres.
Esses sambistas começaram a se encontrar nas ‘noites’ cariocas e criar grandes grupos de apoiadores do novo estilo musical. Estavam criadas as escolas de samba. Caracterizadas pelo ambiente simples e pobre das recém formadas favelas do Rio de Janeiro, elas foram o ponto de partida para a disseminação do ritmo pelo resto do território nacional. Porém, os morros cariocas continuavam carregando o estandarte de grandes sambistas do país.
As músicas, não mais apenas sambas-enredos ou apenas canções para se tocar nas rodas de samba, foram aprovadas pelo governo de Getúlio Vargas e retratadas como identidade nacional. Aspirantes à músicos começaram a aparecer de outros estados e se apresentarem em rádios. Jovens cantores como Ataulfo Alves, Ary Barroso e Lamartine Babo se consagravam como sambistas e músicos, e não apenas como os malandros do Rio.
Na década de 1960, Adoniran Barbosa e Paulo Vanzolini em São Paulo mostravam que o samba poderia nascer em outros estados e que São Paulo não era “o túmulo do samba”, como dito por Vinicius de Moraes. Cartola e Paulinho da Viola, no Rio de Janeiro, voltavam a reaproximar o samba carioca dos morros nos quais teve origem.
Nos “anos de chumbo”, o samba foi um dos responsáveis pela expressão de opinião da população brasileira. Jovens compositores, como Chico Buarque e Caetano Veloso, compunham obras que atentavam contra a repressão dos militares brasileiros. Sambas como “Vai Passar” e “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores” são exemplos claros da insatisfação dos músicos.
Os bambas de antigamente ainda faziam relativo sucesso, apesar de a maioria ter sido esmagada pelos novos ritmos brasileiros e internacionais que chegavam ao país. Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Cartola, Jamelão, entre outros, mostravam que ainda tinham “lenha para queimar” e o samba era revitalizado com a ajuda dos novos expoentes do samba e da Bossa Nova, como Caetano, Gil e Chico. Sendo que, apesar de modificado, está vivo até hoje como ritmo musical genuinamente brasileiro.


terça-feira, 28 de junho de 2011

O café, uma cidade e seu teatro

 Na virada do século XX, São Paulo era uma cidade em crescimento acelerado, mas ainda assim longe de ser uma metrópole. A capital da República, Rio de Janeiro, era de fato uma cidade muito mais populosa e... cosmopolita. Capital e sede da Corte desde a chegada a Família Real Portuguesa em 1808, o Rio era a porta de entrada de legações diplomáticas e produtos estrangeiros, uma conexão direta com a Europa. Esta “vocação” continuou com a República, apesar da descentralização que vinha ocorrendo. Não por acaso via-se no Rio a chamada belle époque tropical: moda, literatura, companhias de teatro e ópera vindas Europa tinham acolhida certa.
Se o Rio de Janeiro havia abrigado a monarquia, em São Paulo vivia outro rei – o café – e este tinha muito mais poder. Metáforas à parte, o poderio econômico do estado de São Paulo era fruto da crescente produção e preços favoráveis do café no mercado internacional, o que concedia aos paulistas uma proeminência política ímpar. Feito o golpe (com auxílio dos militares) a Primeira República seria inevitavelmente a dos cafeicultores.
Viaduto do Chá, 1929
A florescente “cidade do café”, capital financeira de todo o complexo cafeeiro do interior do estado e que iniciava um processo de industrialização, necessitava de certos aparelhos urbanos que condissessem com a riqueza de seus mandatários, ou ainda, os ricos cafeicultores precisavam de uma cidade coerente com a imagem que eles tinham de si próprios. Ou seja, era urgente a transformação daquela cidade de cerca de 240 mil habitantes em uma metrópole de verdade. Entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do XX, São Paulo passou por profundas transformações urbanas: linhas de bonde, obras de saneamento, alargamento de ruas dando lugar a avenidas, criação de novos bairros, edifícios públicos, comerciais, residenciais (todos ostentando certa monumentalidade) tomaram conta da paisagem da cidade.
Vista do Vale do Anhangabaú com Teatro Municipal à direita, 1920
É neste contexto que veríamos a construção de um dos cartões postais da cidade (à época e ainda hoje): o Teatro Municipal. São Paulo possuía teatros, um tanto acanhados, é verdade, mas o Novo Teatro São José era bem maior que os demais. No entanto, não havia um capaz de abrigar concertos de ópera e música erudita, nem tampouco espelhar o requinte que a elite paulistana esperava exibir. Desse modo, em 1903 começou-se a construir o que seria o Teatro Municipal, na mesma colina onde antes ficava o São José. O projeto e desenho de Claudio e Domiziano Rossi foram executados pelo escritório do renomado engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo, o construtor predileto dos barões do café. Em estilo eclético e inspirado na ópera de Paris, o Theatro (como então se grafava) ocupava o alto de uma das áreas de lazer mais concorridas da época, o Vale do Anhangabaú, no coração da cidade.
A inauguração ocorreu em 1911, há exatos 100, e inscreveu São Paulo no circuito das companhias europeias de ópera. No entanto, o maior espetáculo recebido pelo Teatro Municipal pretendia justamente romper com o tradicionalismo e com as eternas referências à Europa: a Semana de Arte Moderna de 1922. No mesmo ano se comemorou o centenário da Independência do Brasil com festa também em São Paulo, mas mais ao sul da cidade, no Museu do Ipiranga. Esta não pretendia romper com nada, pelo contrário, pretendia-se reforçar o caráter fundador de São Paulo na formação do Brasil, como quem diz “a cidade do café é também o berço do Brasil”. Uma bela construção! Seja nesta festa mais tradicional, seja na semana que se pretendia vanguardista, a elite ligada ao café parecia comemorar seu vigor econômico, político e cultural. E eles nem imaginavam que ao fim daquela década veriam a derrocada dos preços do café e uma sutil, mas significativa, mudança de rumos na política nacional. No entanto, seus monumentos ainda persistem, a memória que construíram de si continua de pé, presente.



Resta ainda um aviso a fazer: a história dos sucessos da oligarquia do café construída por ela mesma não é a História do Brasil República, e nem mesmo a História de São Paulo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Arte e cultura urbanas

Eu me considero essencialmente urbano, gosto do barulho e da bagunça, da música urbana - não no sentido da Legião Urbana, mas... - gosto dos excessos dos grandes centros, da estética caótica e, não poderia ser diferente, adoro grafite ou como se diz hoje em dia, de arte de rua. Mas apesar de gostar muito, de procurar em cada cidade que visito um canto, um muro, um poste com alguma manifestação, não entendo muita coisa desta produção artística, sua história ou suas linguagens. É por isso que achei tão interessante esta matéria da Revista de História. Para quem gosta e quer saber um pouco mais, fica a sugestão.

Grafite x pichação: dois lados da mesma moeda?
Lei que proíbe venda de spray para menores de idade, debate na ABL e exposição em Los Angeles colocam a chamada arte de rua no foco da discussão

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mais uma vez a "primavera"

Antes de mais nada devo fazer duas observações. Primeiramente, sempre que posso utilizo ou recomendo artigos e reportagens da Revista de História da Biblioteca Nacional aqui no blog. Apesar de existirem atualmente várias outras revistas, eu simplesmente não acredito que outra tenha tanta preocupação com o rigor e a qualidade do material publicado como a RHBN.
No entanto, e esta é a segunda observação, a revista dedica-se especialmente à História do Brasil, de modo que a não ser que haja alguma relação com a nossa história, o mundo não aparecerá na RHBN. A exceção que se faz é ao fato da editoria da publicação ser bem antenada nas, digamos, necessidades educacionais dos leitores. E na internet criaram a seção #pergunteaohistoriador.
De modo bem objetivo, a resposta do historiador é um texto curto e direto, assim com costumam ser também as perguntas. Uma leitora perguntou a queima roupa: "o que foi a Primavera dos Povos?".
Eu escrevi anteriormente a respeito dos acontecimento de 1848 (AQUI e AQUI), mas considero a leitura da resposta do professor da PUC-Rio, Mauricio Barreto Alvarez Parada, muito bem formulada e deixa claro, logo na primeira linha, o que tem motivado a reincidência deste assunto.
É possível responder essa pergunta de várias formas. Acredito que a motivação inicial seja o uso constante do termo para designar o processo de crise política por que passam atualmente os estado nacionais autoritários do norte da África, Oriente Médio e península arábica frente à manifestações populares. No entanto, a imagem da “primavera” como um despertar político não é original nem recente. Nos séculos XIX e XX, a ideia já tinha sido usada.
Originalmente, o termo “primavera dos povos” está associado às revoluções ocorridas na Europa central e oriental em 1848. A grande onda de reivindicações iniciada nesse ano, que tinha em sua agenda política a extensão do direito de voto e a ampliação de direitos das minorias nacionais, foi uma resposta à política continental de restauração que conduziu as decisões internas dos Estados europeus após a derrota napoleônica. Incapazes de absorver as mudanças propostas pelo ideário liberal/burguês e mesmo de processar a incorporação dos novos grupos sociais surgidos das transformações sociais da industrialização crescente, os Estados monárquicos europeus viram eclodir diversas revoluções. O ponto de partida foi a França. (CONTINUA)



O link da Revista de História da Biblioteca Nacional já está disponível aí ao lado faz um bom tempo. Mas recomendo também que a sigam no Twitter: @RHBN. Atualizações e conteúdos exclusivos do site todo dia.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mais um vestibular

Continuando com aquela sugestão de treino, ou seja, "faça os vestibulares que já ocorreram", segue a prova do Mackenzie.

Prova AQUI. (em .pdf)
Correção AQUI.

A prova é mais tradicional, com as disciplinas claramente definidas, mas já se privilegia interpretação de textos. São 7 questões de história, porém é interessante dar uma olhada na prova toda para se ter ideia das tendências: o tema da redação foi "lixo", há questões de geografia sobre o terremoto do Japão, etc. Essas temáticas devem se repetir ao longo do ano.
Como ainda não saiu o gabarito oficial (ou eu, pelo menos, não encontrei no site confuso do Mack) disponibilizo a prova com a correção dos professores do Objetivo publicado pelo UOL.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Uma troca de e-mails

Os e-mails abaixo são reais. Minha esposa me escreveu o primeiro e na sequência lê-se a minha resposta.
de: "minha esposa"
para: "mim"
data: 20 de junho de 2011 16:14
assunto: Corte os pulsos

Cena: na sala de espera, ao lado da secretária. Vejo que ela preenche uma apostila e pergunto se voltou a estudar.
Resposta: o filho se machucou e ficou de licença. Ao invés de perder o bimestre a escola deu vários cadernos de exercício das matérias para ele entregar valendo nota.
Desfecho: a mãe está resolvendo as questões pro menino colando de um site onde, aparentemente, consta o gabarito.
E aí, professor, isso pode?


de: "eu mesmo"
para: "minha esposa"
data: 20 de junho de 2011 18:34
assunto: Re: Corte os pulsos

Não me conta essas coisas, não. Dá uma tristeza... Se a estrutura for coerente ele não perde o bimestre, mas perde o ano, afinal não aprendeu nada. O filhão, de todo modo, vai aprender muita coisa: aprendeu que a vida é mole porque a mamãe resolve, aprendeu que a escola não serve pra nada, aprendeu que ser vagal ainda vale a pena, entre outras coisas.
Parabéns mamãe, que valoriza a educação do filho. E parabéns meninão, que depois vai reclamar que o ensino que teve foi fraco.

Beijo do professor levemente deprimido


É isso. Acha que a qualidade do ensino depende só do Governo ou só da Escola? E a sua responsabilidade, meu caro, onde está?

sábado, 18 de junho de 2011

Mais uma verdade inconveniente

Eu adoro o trabalho do Laerte, apesar de achar que nem sempre ele acerta a mão nas tirinhas da Folha. Mas em geral sua crítica social e política é algo bem próximo da genialidade. Sem muita firula e com um traço limpo ele vai fundo na questão e gera aquele desconforto, típico de quem conseguiu o que queria.
Este cartum saiu na edição de hoje da Folha de S. Paulo no caderno Ilustrada, no qual aos sábados o cartunista publica a coluna Laertevisão.

Pense nisso!


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eu me lembro

Vi no Blog "Reclames do Estadão" e adorei.
Eu me lembro perfeitamente das cópias azuis (ou roxas) cheirando a álcool, só não sabia que o maquinário era tão antigo e... duradouro. Todas as minhas atividades na pré-escola eram assim. Mas ouvi dizer que ainda há lugares que usam o mimeógrafo!

“Apresenta-lhes V.S. Os fatos que Eles necessitam? O progresso do mundo fez com que as atividades comerciais, governamentais, escolares, eclesiásticas…todos os ramos da atividade humana se tornassem cada vez mais complexos. São tantas as pessoas interessadas em qualquer ramo de administração que as máquinas de mimeografar se tornaram imprescindíveis para a distribuição das informações aos interessados. Resolver os problemas da autocópia – por meio do ‘stencil’ tem sido o trabalho da A. B. Dick há mais de 60 anos.”

19 de novembro de 1944

Reparem na linguagem usada nas publicidades da década de 1940...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Profissões e o fantasma da escolha certa

Já conversamos em aula algumas vezes a respeito de carreiras e profissões. Mais recentemente o Colégio, junto com o Colégio São Luiz, organizou um Fórum de Profissões com o intuito de esclarecer e ampliar as possibilidades de escolha. Em todo caso, sabemos todos que não é fácil e por isso mesmo todo mundo tenta ajudar.
A 12a. Edição da revista Pré-Univesp é justamente sobre isso:


Como sempre, a revista pretende oferecer um panorama amplo com reportagens, artigos, vídeos, textos literários, etc. Normalmente eu sugiro algum texto em particular, mas desta vez não sei ao certo como fazê-lo. Minha indecisão vem justamente do caráter muito particular da escolha. Se a temática é justamente falar sobre as possibilidades do mercado de trabalho, não faz sentido eu escolher por vocês. Deem uma olhada no sumário da revista e veja qual temática provoca a curiosidade de vocês. E leia!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Arte com areia e história

Sabe aqueles e-mails que começam com "Imperdível" ou "Maravilhoso, você também vai amar"? Pois é, a maioria eu nem olho. Mas vez ou outra recebo algum que vale a pena e como em geral é minha mãe que manda me obrigo a ver do que se trata.
Desta vez minha mãe me mandou um vídeo de uma moça ucraniana que ganhou o primeiro lugar no Ukraine’s got talent (aquele programa de calouros que tem em quase toda a Europa) em 2009. A particularidade é que não se trata de dança ou canto ou algum talento bizarro, mas a moça - Kseniya Simonova - é uma exímia "pintora com areia" (!?). Ela ganhou o prêmio fazendo uma animação ao vivo com areia. Utilizando uma trilha sonora como fundo e uma superfície translúcida como suporte, Kseniya foi desenhando uma história acrescentando e tirando areia.

A narrativa trata da II Guerra Mundial, quando os ucranianos lutaram contra a invasão nazista numa situação muito delicada. Anteriormente, a Ucrânia havia resistido à dominação russa, responsável pela incorporação do país à URSS em 1922. Desse modo, para muitos ucranianos os nazistas representaram, a princípio, a libertação do jugo soviético. Mas para outros, o desafio era lutar contra os alemães do mesmo modo que haviam lutado contra o Exército Vermelho. O resultado final foi 5 a 8 milhões de mortos no conflito. A história por si só é comovente, no entanto a artista conseguiu acrescentar ainda mais dramaticidade por meio de uma narrativa lírica, usando como fio condutor a separação de um casal por conta da guerra.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Para quem quiser aprofundar a reflexão

Sei que o tema fascina muita gente (mais até do que eu, sinceramente, gostaria) e talvez se deva a isso o bom resultado da maior parte dos alunos da 3a. série neste bimestre. O nazismo e a figura de Hitler foram estudados neste bimestre que se encerrou sob uma ótica bem específica: as questões "como foi possível um regime como o nazista surgir na Alemanha?" e "poderia o nazismo ter se estabelecido em outro país na mesma época?" nortearam toda a abordagem. Assistimos ao filme "A Onda", lemos alguns textos, entre eles um de Erich Fromm, enfim, vocês trabalharam bem.
Mas tem sempre alguém que quer ir um pouco mais longe. Então fica aqui uma sugestão de leitura.

Figura esvaziada de Hitler
Mostra na Alemanha levanta a questão se regimes de exceção representam anseios da sociedade

Por Francisco Carlos Teixeira da Silva e Karl Schurster

A exposição "Hitler und die Deutschen: volksgemeinschaft und verbrechen" (Hitler e os alemães: a comunidade do povo e os criminosos), abrigada na chamada Zeughaus, a antiga Casa de Armas do império alemão, no centro histórico de Berlim, teve como principal propósito uma mudança de foco na interpretação sobre o Terceiro Reich. Seguindo a tendência da historiografia contemporânea, que considera como insuficiente tratar o nazismo como obra solitária de Hitler, os organizadores da mostra, que ocorreu do fim de 2010 ao início de 2011, questionaram qual o significado da escolha do Führer pelo povo alemão e por que continuaram a apoiá-lo até 1945. A centralidade do ditador alemão foi deslocada em prol de uma análise mais profunda sobre a “comunidade do povo alemão”, conceito tão difundido durante o nazismo.
A constante preocupação com a identificação das especificidades e diferenças nacionais para explicar os regimes que participaram da Segunda Guerra Mundial nos aproximam do uso da história comparada. Um exemplo disso está posto na antiga tese que explicava o nazismo pelas “peculiaridades alemãs”, sonderweg, o chamado “caminho especial” da história e desenvolvimento alemão, que se preocupou mais com o período imperial do que propriamente com o Terceiro Reich. De acordo com esta interpretação, o nazismo foi um fenômeno único derivado do legado peculiar do Estado autoritário prussiano e do desenvolvimento ideológico alemão, mas sua singularidade se deve, sobretudo, ao personagem Hitler, sendo impossível ignorá-lo, subestimá-lo ou substituí-lo. Esta preocupação, exposta por parte da historiografia sobre a ditadura alemã durante a Guerra Fria, limitou as explicações sobre o nazismo ao Estado e as Instituições, tornando embaçada a visibilidade sobre a efetiva participação do povo alemão durante o regime. Mesmo quando se falou na chamada Historikerstreit (disputa dos historiadores) gerando um grande e importante debate acerca do lugar que ocupa o Terceiro Reich na história alemã (1983-1986), a centralidade do debate estava voltado para a Hitler. O que a exposição “Hitler e os alemães” traz de mais importante não é uma análise dos processos de fascistização da sociedade mediante as ações do Estado Nacional-Socialista, mas, sim a proposição de um processo de fascistização comandado e assumido pela própria sociedade.
(CONTINUA)


Francisco Carlos Teixeira da Silva é professor titular de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor visitante da Technischen Universität Berlin.
Karl Schurster é doutorando em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com estágio de pesquisa na Freie Universität Berlin.

Recuperação

Aos alunos das 2a. e 3a. séries que ficaram de recuperação,

Os roteiros de estudo com sugestão de exercícios e leituras estão disponíveis no site do Colégio (GIC) para download em formato .pdf.
Não se esqueçam que o plantão de dúvidas é nesta quinta-feira, dia 16.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

3a. Olimpíada Nacional de História do Brasil II

A todos os interessados (de todos os anos do Ensino Médio!),

Temos uma reunião marcada para o dia 15 de junho (quarta-feira), na minha sala, no horário do intervalo. A ideia é discutir o modelo da olimpíada, avaliar o interesse e o comprometimento, assim como pensar estratégias e planos de estudos.
Avisem os colegas e compareçam! 

Um hábito saudável

É comum comentar-se nas escolas que vestibular é treino. Ao contrário do ensino propriamente dito, ou seja, a construção de conhecimento ao longo dos anos, o exame do vestibular tem muito de técnica e estratégia de resolução. Sejamos honestos, é muito difícil reduzir em um dúzia de questões (ou menos) o conteúdo todo de uma disciplina. Portanto, é mais que necessário o(s) formulador(es) da(s) prova(s) pensar(em) que tipo de aluno se deseja ver na universidade. Em outras palavras, como é que se faz para tirar da multidão um lista de indivíduos "mais qualificados". O processo é cruel e geralmente envolve algum grau de injustiça, eu sei. Mas alguns vestibulares têm tentado mudar, nem que seja um pouquinho, este quadro e Unicamp e Unesp se destacam nesta reavaliação seguindo tendências observadas já há algum tempo na prova do ENEM.
Se vestibular, mesmo com mudanças, envolve treino - o tempo é curto, o conteúdo é vasto, o nervosismo é imenso - nada melhor que treinar. E, sinceramente, não estou convicto de que é o papel da escola ficar treinando o aluno para resolver questões de múltipla escolha como se fossem atletas olímpicos. Dividindo bem as responsabilidades, cabe ao aluno fazer os exercícios e ao professor tirar quaisquer dúvidas que surgirem.
Então, fica aqui uma sugestão de hábito saudável para seus estudos: faça os vestibulares passados.
Por exemplo, ocorreu ontem o vestibular de meio de ano da Unesp. Instituição séria com prova bem feita, as questões de história estão bem interessantes: valorizam processos, leitura e compreensão de texto e imagem, e abordam quase todos os períodos históricos com igual peso.
A prova está organizada sem a demarcação clara entre as disciplinas, o que é coerente com a proposta. Portanto, as questões de história se misturam a geografia, filosofia, geopolítica, etc. Eu diria que se você resolver da 31 à 42 certamente dará conta do conteúdo.

Prova de Conhecimentos Gerais - UNESP, 12.06.2011

Gabarito da Prova - UNESP, 12.06.2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Geração T?


Medo!
O pessoal de Recursos Humanos, os recrutadores de profissionais e os psicólogos que trabalham com seleção de funcionários adoram definir os perfis das gerações. Tem a geração BB, X, Y, Z, 00, e sei lá mais o que. Para entenderem melhor, um exemplo tirado da Folha de S. Paulo, de 28 de fevereiro de 2010:
Um jovem que estudou nas melhores escolas, aprendeu idiomas, teve experiências no exterior, é inteligente, criativo e conectado e tem disposição para trabalhar duro e inovar ostenta um currículo que parece ser o sonho dos selecionadores das empresas.
Não necessariamente. Esse mesmo perfil pode virar um pesadelo para os gestores que logo identificam a geração Y --leva dos nascidos entre 1980 e 1990, que reúne características como agilidade, autodidatismo tecnológico e criatividade.
Isso porque esses "nativos digitais" demandam muito de seus superiores, não temem atropelar processos e, principalmente, não pensam duas vezes antes de trocar a empresa que investiu em seu treinamento por uma que pague melhor ou outra que ainda não existe: a que vão criar.
Assim, os gestores tendem a ficar alertas para o perfil Y excessivo: aquele que, apesar de reunir o currículo ideal, não tem paciência para os ritos da cultura corporativa, como esperar por uma promoção.
(In: André Lobato. "Jovens imediatistas assustam gestores na hora da contratação". Folha de S. Paulo, 28.02.2010)
Eu já achava este cenário bem preocupante, quando, então, li o artigo/coluna/post de Luciano Pires no Cultura News.
O escritor diz emprestar um novo "rótulo" cunhado por um amigo - a geração T - mas com uma novidade, não depende de uma data de nascimento, pois se trata mais de uma postura que de um reflexo da época. O "T" é de testemunha - “Sou testemunha de tudo, mas não tenho opinião sobre nada.” - e o texto, muito leve e divertido (ainda que sério!), vale uma leitura. Depois, cada um faça sua reflexão e veja se o rótulo lhe serve, ou pior, se lhe fica confortável!

A "geração T" sabe tudo que acontece, mas permanece incapaz de analisar, comparar e julgar
Por Luciano Pires
Meu amigo Patrick é francês e vive no Brasil há anos. Tem uma visão crítica da forma de ser do brasileiro em comparação a outros povos, especialmente os europeus. E eu me divirto com ele. Recentemente, presente a um desses eventos badalados que tratam de redes sociais, ele me ligou para descrever o público. Jovens, muito jovens, com seus iPads e iPhones, tuitando furiosamente enquanto assistiam às palestras de dezenas de especialistas. Ao final da palestra, invariavelmente o apresentador dizia:
- Alguma pergunta?
Silêncio. Ninguém. Nada. E assim foi, de palestra em palestra. Ninguém nunca perguntava nada. O Patrick então disse que aquela era a geração T. Tê de testemunha: “Sou testemunha de tudo, mas não tenho opinião sobre nada.”
(CONTINUA)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mais uma vez a cidadania...

Hoje pela manhã conversei com minha coordenadora pedagógica e entre vários assuntos comentamos a "agressividade", um traço que nos pareceu cada vez mais comum nas pessoas em geral e nos jovens em particular. A sensação é que a conversa tem dado cada vez mais lugar à agressão, como se o debate ou a discussão fosse por demais cansativo e complexo, de modo que é mais fácil partir para a "ignorância". Menos razão e mais força bruta.
Ela, em certa altura da conversa, perguntou retóricamente: "Imagine como ficará o trânsito? Cada vez pior?!". E no ato me lembrei de um dos meus desenho animados preferidos: o Pateta no trânsito.


Na verdade a discussão toda é a respeito de cidadania, ou, "a difícil arte de viver em sociedade". Quando o individualismo entra por uma porta o respeito ao outro sai pela janela dos fundos, sobrando apenas o desrespeito. "Primeiro eu" e a "lei da vantagem e da esperteza" não melhoram o mundo, nem a sala de aula. E no ambiente escolar também vemos muito do "Pateta no trânsito". Ficaremos todos calados?


P.S. A ironia ácida do desenho é genial. No entanto a constatação de que não há muito de ficção é um tanto preocupante.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mais uma sugestão de leitura

Estou meio atrasado com minhas sugestões, mas como texto bom não envelhece fico mais tranquilo em recomendar a edição n. 11, do mês de maio, da Pré-Univesp. Esta edição tem como tema "Transportes" e como sempre estabelece um bom diálogo entre as diversas disciplinas escolares.
Eu sugiro, pensando apenas na área que nos interessa aqui, o seguinte texto:

História perdida nos trilhos
As ferrovias, que já foram sinônimo de desenvolvimento no Brasil, perderam espaço para o transporte rodoviário e hoje sobrevivem na memória de cidades que têm os trilhos como parte de sua paisagem
Por Patricia Piacentini

Há ainda a seção Textos Literários que acompanha cada edição. A desta só tem pérolas (inclusive musicais):
Trem de Ferro, de Manuel Bandeira
A velha contrabandista, de Stanislaw Ponte Preta
Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa Lobos
Vital e sua moto, dos Paralamas do Sucesso
Caminhoneiro, de Roberto Carlos
Samba do Avião, de Antônio Carlos Jobim, Danilo Caymmi e Banda Nova
A bicicleta, de Toquinho
Frete, de Renato Teixeira
Maria Fumaça, de Kleiton e Kledir
O barquinho, de Roberto Menescal
O calhambeque, de Roberto Carlos
Cota zero, de Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Enem + Unicamp

Comvest divulga como será utilizado o ENEM no Vestibular Unicamp 2012 
Nota do ENEM não será contada na passagem da primeira para a segunda fase, mas poderá ser incorporada à nota final do vestibular
A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp, Comvest, informa que utilizará as notas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) no vestibular deste ano, desde que elas sejam disponibilizadas pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) até o dia 15 de janeiro de 2012.
As notas do ENEM não serão consideradas na composição da nota de primeira fase do vestibular utilizada na classificação para a segunda fase do mesmo, devido às datas de realização das provas do ENEM 2011 – previstas para 22 e 23 de outubro de 2011. Essas datas impossibilitam que as notas do ENEM estejam disponíveis, com segurança, até 30 de novembro de 2011 (data limite necessária para que a Comvest utilizasse as notas para a passagem da primeira à segunda fase do Vestibular Unicamp 2012).
(CONTINUA)

Nunca é demais lembrar...

Não se esqueçam que as inscrições para o Enem 2011 vão até dia 10 de junho (também conhecido como "sexta-feira"!).
As provas serão nos dias 22 e 23 de outubro.

Leituras do mundo contemporâneo

O cartunista argentino Quino está certamente entre os mais importantes artistas do gênero da América Latina. Com sua visão crítica do mundo contemporâneo e a predileção por temas sociais e políticos, Quino se tornou famoso pela tirinha da Mafalda e seus amigos. Não por acaso a garotinha questionadora, que teve vida entre as décadas de 1960 e 1970, tornou-se frequente nos vestibulares brasileiros.
De tempos para cá Quino tem se mostrado mais cético e um tanto niilista para com os rumos da sociedade atual. Ainda assim, vale a pena pensarmos a partir de seus questionamentos.







sexta-feira, 3 de junho de 2011

Semana do Meio Ambiente

Pessoal,

Fiquem atentos! Na próxima semana temos ciclo de palestras na Semana do Meio Ambiente do Colégio.

Palestras:

Adoro uma imagem clichê!
Terça-feira, dia 07.06: "RECIFRAN: Testemunho de Um Voluntário"
Horário: 2a. séries na 5a. Aula, e 3a. séries na 6a. Aula
Local: Auditório

Quinta-feira, dia 09.06: "Cidadania Ambiental"
Horário: 3a. séries B e C na 5a. Aula, e 2a. séries e a 3a. A na 6a. Aula
Local: Teatro

Sexta-feira, dia 10.06: "Sustentabilidade nas Empresas e sua Importância no Mercado de Trabalho"
Horário: 2a. séries na 6a. Aula, e 3a. séries na 7a. Aula
Local: Auditório


Na quinta-feira ainda teremos oficinas nas 3 primeiras aulas!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Notícia quente!

Fuvest muda regras de seu vestibular
Conselho de Graduação a USP aprova pacote de medidas que tornarão o processo seletivo mais difícil


As alterações que foram aprovadas hoje, e já valem para este ano mesmo, são:
  • Voltar a considerar a nota da 1.ª fase, e com o mesmo peso das provas da segunda etapa;
  • Diminuir de 20 para 16 o número de questões da prova do segundo dia da 2.ª fase;
  • Chamar entre dois e três alunos por vaga para essa etapa (atualmente são chamados três vestibulandos para cada vaga;
  • Elevar a nota de corte mínima da 1.ª fase de 22 para 27 pontos e a possibilidade de escolha de uma nova opção de carreira após a 3.ª chamada.

A expectativa é que o vestibular fique mais difícil e concorrido!

3a. Olimpíada Nacional em História do Brasil

A Unicamp organiza desde 2009 a Olimpíada Nacional em História do Brasil. A proposta é estimular os estudos e valorizar o conhecimento em história, do mesmo modo que já ocorria com as olimpíadas de física, matemática, química, etc.
O processo parece relativamente simples. Monta-se equipes de 3 alunos e um professor orientador (sem limite de equipes por colégio) reunindo estudantes do 8o. ano à 3a. série. A composição das equipes pode ser variada (todos da mesma série ou de séries diferentes) e as 5 primeiras fases são on-line. Apenas a última fase é presencial lá em Campinas. Cada fase é composta por 9 questões de múltipla escolha e 1 tarefa, sendo a equipe aprovada avança para a próxima etapa. Mas se o processo é simples a participação, por sua vez, exige empenho, responsabilidade, estudo e trabalho em equipe.
Mas por que estou comentando isso?
Ontem um aluno da 3a. série, o Mans, veio até mim e manifestou interesse em participar. Confesso que fiquei muito contente, mas satisfeito mesmo ficarei se conseguirmos montar um grupo para participar. Mais algum interessado?
As inscrições vão até 9 de agosto e a primeira fase tem início no dia 15. No entanto, é importante sentarmos para um reunião já agora e pensar em como trabalharemos.
  • Leia o regulamento no site oficial (AQUI) e depois me procure.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Calendário dos Vestibulares: programe-se

Tem gente que sabe exatamente o que deseja prestar, sua graduação tem nome e sobrenome. Mas tem gente que prefere "apostar" em mais de uma opção. Para isso é fundamental se programar, principalmente para depois não se sobrecarregar na hora de prestar as provas.
Fique atento para as datas de inscrição e provas dos vestibulares.
Aqui optei por colocar apenas os vestibulares mais significativos (leia-se "mais populares") do Estado de São Paulo. Algumas instiuições só divulgaram os exames de meio de ano, portanto redobre a atenção no final do segundo semestre.

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
Inscrições: de 3/5 a 30/6
Prova: 2/7
Taxa: R$ 60 (até 31/5) e R$ 80 (de 31/5 a 30/6)
Resultado: 6/7
Telefone: (11) 5576-7300

Centro Universitário da FEI
Inscrições: 25/4 a 7/6
Prova: 11 e 12/6
Taxa: R$ 50
Resultado: não divulgado
Telefone: 0800 019 0288

Centro Universitário Senac
Inscrições: até 19/6
Prova: 2/7
Taxa: R$ 80
Resultado: 13/7
Telefone: 0800-883-2000

Complexo Educacional FMU
Inscrição: até um dia antes da prova
Prova: 30/4 (tradicional) ou agendada (diariamente)
Taxa: R$ 40
Resultado: 3/5 (tradicional) e em 24h (agendada)
Telefone: 0800-016-3766

Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec)
Inscrições: 2/5 a 8/6
Prova: 3/7
Taxa: R$ 70
Resultado: 19/7
Telefone: (11) 3471-4103 (capital e Grande SP) e 0800-596-9696 (outras cidades)

Fundação Getulio Vargas (FGV)
Inscrições: de 21/3 até as 18h de 13/5
Provas: 29/5 (direito no Rio de Janeiro) e 5/6 (administração em São Paulo)
Resultado: 10/6 (direito) e 2/7 (administração)
Telefone: 0800-770-0423

Fuvest
Inscrições: 26/8 a 9/9
Taxa: ainda não foi divulgada
Provas: 27/11 (1ª fase) e 8/1 a 10/1 (2ª fase)
Habilidades específicas: 9/10 a 14/10 (provas antecipadas de música e artes visuais) e 11/1 a 13/1
Resultado: 4/2 (1ª chamada)

Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa
Inscrições - Até 23/5
Taxa: R$ 180
Prova: 12/6 na Unip: Rua Vergueiro, 1211, Paraíso – São Paulo
Resultado: 28/6

Instituto Tecnológico de Aeronática (ITA)
Inscrições: 1º/8 a 15/9
Taxa: R$ 100
Provas: 13/12 a 16/12, às 8h (horário de Brasília), em 22 cidades do país
Resultado: 30/12

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Inscrições: ainda não foi divulgado
Taxa: ainda não foi divulgado
Prova: 20/11
Resultado: 15/12

Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Inscrições: ainda não foi divulgado
Taxa: ainda não foi divulgado
Provas: 25/11 e 26/11
Resultado: 9/12

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Inscrições: ainda não foi divulgado
Taxa: ainda não foi divulgado
Provas: 15/12 e 16/12 (1ª fase)
Resultado: 30/1

Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Inscrições: 2/5 a 20/5
Provas: 12/6 (1ª fase), 3/7 e 4/7 (2ª fase)
Taxa: R$ 110
Resultado: 20/7
Telefone: (11) 3874-6300 (dias úteis, das 8h às 20h)

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Inscrições: 22/8 a 23/9
Taxa: ainda não foi divulgado
Provas: 13/11 (1ª fase), 15/1 a 17/1 (2ª fase)
Habilidades específicas: 23/1 a 26/1
Resultado: 6/2

Universidade Mackenzie
Inscrições: 19/4 a 31/5
Provas: 16/6 (habilidades específicas para arquitetura e design) e 17/6
Taxa: R$ 85
Resultado: 30/6
Telefone: (11) 2114-8000


Algumas observações:
1. Os vestibulares de várias universidades particulares assim como da Unifesp, Unesp e UFSCar são organizados pela Vunesp, portanto você encontrará informações tanto nos sites das universidade quanto da entidade organizadora.
2. Não fui capaz de encontrar nenhuma informação mais segura a respeito do vestibular da UFSCar até o momento.
3. Se você quiser informações dos vestibulares de outros estados, assim como de outras universidades paulistas clique AQUI e veja o calendário que inspirou este post.