quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lição de casa

A semente nos ensina a não caber em si.
Arnaldo Antunes

Férias!

Pessoal,

Gostaria de comunicar a todos que também tirarei férias do blog depois de um longo ano com mais de 200 post. Creio que todos nós merecemos, não é? Devo voltar em meados de janeiro, pouco antes da volta às aulas (para os alunos da 2a. série, então 3a.).
Aos alunos que eu não vir mais, pois se formam agora, parabéns pela conclusão do Ensino Médio e boa sorte em seus novos (e longos) caminhos.
Para todos fica aqui meu cordial abraço e aproveitem o tempo para descansar. 2011 promete!!! 

JC 2.0

Gosto de coisas simples, mas criativas. Como este vídeo abaixo: uma "atualização" do nascimento de Cristo.


Visto antes no JB

Feliz Natal para todos e Boas Férias!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Prefere fechar os olhos?

A discriminação racial persiste no cotidiano das crianças brasileiras e se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos.
Com a campanha Por uma infância sem racismo, o UNICEF e seus parceiros fazem um alerta à sociedade sobre os impactos do racismo na infância e adolescência e sobre a necessidade de uma mobilização social que assegure o respeito e a igualdade étnico-racial desde a infância.
Baseada na ideia de ação em rede, a campanha convida pessoas, organizações e governos a garantir direitos de cada criança e de cada adolescente no Brasil.

PARTICIPE!
Fonte: site oficial da campanha

Fique de olho

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Uma gota...

Quando propusemos um debate envolvendo alunos e professores a respeito da eugenia todos tínhamos ideia da atualidade do tema. Independente do surgimento das primeiras teorias raciais eugênicas (aquelas que pregavam algum tipo de hierarquização e seleção de grupos humanos) no século XIX e de seu ápice com o nazismo alemão nas décadas de 1930 e 1940, a presença do racismo até os dias atuais bem como as discussões a respeito das possibilidades da engenharia genética mantêm a atualidade do tema. Às vezes o assunto surge mesmo quando menos esperamos.
Abri o jornal sem grandes pretenções quando via a seguinte manchete:



Ao contrário do Brasil, igualmente ex-escravista e portanto com grande população afro-descendente, os EUA optaram por estabelecer regimes segregacionistas nos estados do sul do país. Aquela era a região com maior concentração de negros exatamente por ter abrigado o regime escravista até meados do século XIX. Com base nas teorias raciais segundo as quais os negros eram "obviamente" inferiores, os brancos estadunidenses sulistas se viram no "direito" de obrigar a população a uma divisão racial. Negros e brancos não estudariam nas mesmas escolas, não comeriam nos mesmo restaurantes, não sentariam nos mesmo lugares dos ônibus, entre muitos outros casos.
Havia entre essas leis segregacionistas uma de nome bem peculiar:  'One-drop rule' (Regra de uma gota, em inglês, ou Lei da Hipodescendência).
Segundo essa lei, que foi usada em muitas partes dos Estados Unidos de 1662 até a década de 1960 na maior parte dos Estados (em Louisiana ela vigorou até 1985, quando a corte determinou que uma mulher não poderia se identificar como "branca" em seu passaporte pois sua pentavó era negra), o norte-americano que tivesse qualquer grau de ancestralidade africana ("uma gota de sangue africano"), seria considerado negro.

O Estado de S. Paulo

Vocês conseguem visualizar o que seria uma pentavó negra? Eu tenho uma! Mas o que para mim seria motivo de orgulho no contexto de uma sociedade racista implica em ser considerado inferior ou menos merecedor de bons empregos, bons salários, etc.
O que os pesquisadores de Harvard constataram que apesar de os EUA estarem numa fase com grande presença de negros bem-sucedidos ainda há uma tendência às pessoas seguirem a regra da uma gota instintivamente. Indivíduos que foram colocados diante de fotos de pessoas com perfis étinicos variados (alguns mais negros outros mais brancos) tenderam a identificar como negros todos aqueles que pareciam ter algum antepassado negro. Ou seja, ninguém "branqueou". Ninguém disse que por um fulano ter mais ascendentes brancos ela era branco. Entendem onde está o preconceito? Não é apenas uma gota, é uma mácula, uma mancha, uma impureza, e aparece como irreversível.
No Brasil, onde o racismo é direfente (e isso não quer dizer inexistente!!!), há diversos matizes por conta, entre outros motivos, da alta taxa de miscigenação. O primeiro censo realizado no Brasil, em 1872 ainda durante a escravidão, já previa ao menos três "cores": brancos, negros e pardos. O IBGE, por exemplo, não identifica quem é negro ou branco, tudo depende da auto-declaração do cidadão. Se por um lado declarações como "sou cor de canela" ou "marrom-bombom" geram risos, ainda acho mais saudável que ignorar identidades e afirmar uma ascendência por causa de uma gota.
Afinal, é uma questão de identidade cultural ou cor de pele?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quem disse que a novela acabou?

Inep disponibiliza consulta aos locais de prova da segunda aplicação do Enem


O ministério definiu que apenas os candidatos prejudicados pelos erros de impressão no caderno de prova amarelos, que não continham as 90 questões, poderão refazer o Enem. Segundo a pasta, eles serão comunicados por e-mail, SMS e telegrama. A avaliação terão início às 13h da próxima quarta-feira (15). -- Folha de S. Paulo
Para consultar o local da sua prova clique AQUI.

Revolta da Chibata

Há algum tempo eu postei aqui o link para uma exposição virtual montada pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP) a respeito da Revolução de 1924 em São Paulo. Agora a mesma instituição disponibilizou o resultado de suas pesquisas sobre a Revolta da Chibata de 1910.
Além de completar 100 anos agora a Revolta reúne inúmeras temáticas interessantes: foi um movimento de marinheiros contra os castigos físicos dentro da Marinha, criticava a jovem República ao acusá-la de não modernizar a sociedade como havia proposto e tinha como liderança um marinheiro negro chamado João Cândido.
Vale a pena dar uma olhada nas 9 "salas" que o APESP organizou reunindo fotografias, artigos de jornais e revistas da época, textos originais, etc.

Clique AQUI.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Um comentário e um aviso

Vou tentar ser o mais objetivo possível e seguir exatamente o que consta do título deste post. Portanto, vamos primeiro ao comentário.

 
Temos 3 grupos de alunos: o composto pelo pessoal que terminou o ano sem precisar sequer de recuperação no 4o. Bimestre; o grupo dos que precisaram da recuperação parcial e conseguiram fechar o ano; e o último grupo com aqueles que ainda precisarão da Recuperação Final.
Aos alunos dos dois primeiros grupos, meus parabéns. Quem passou direto merece o reconhecimento pelo esforço e dedicação, aos que ainda fizeram a recuperação parcial não é justo deixá-los sem uma palavra de apoio, afinal lutaram bravamente para recuperar as notas. Para os demais resta uma última etapa no dia 10 de dezembro, portanto, espero ainda mais força e dedicação.

 
AVISO Importante! Vocês que farão a Recuperação Final já devem ter visto os conteúdos selecionados para este exame (confira AQUI). Gostaria de alertá-los para uma questão de lógica. O conteúdo é vasto (dá conta de quase todo o ano até o 4o. Bimestre) e o tempo é curto, muito curto. Então vocês podem se perguntar: "como devo estudar?" O estudo deve ser lógico. Isso mesmo, lógico.
  • Se há muito conteúdo e ao longo do ano eu não pedi datas, nomes, detalhes, faz algum sentido eu exigir isto agora? Não! Portanto, privilegie processos, noções amplas, etc.
  • Fizemos atividades, anotações, provas, lemos textos. Faz sentido eu esperar o estudo com base em outro material? Não! Portanto, reveja o que você já fez, relembre o que já foi estudado.
  • Acabamos de ver um conteúdo X no 4o. Bimestre e que também foi objeto na recuperação parcial. Faz sentido você começar a estudar por este tema? Não! Portanto, preocupe-se com aquilo que você talvez tenha esquecido ou que a lembrança não é mais tão viva.
Pense seus objetivos, estabeleca sua estratégia e 'bora estudar...
Estarei no Colégio durante toda a manhã de terça-feira (também conhecida por "amanhã") à disposição para tirar dúvidas, bem como na sexta-feira antes da prova final.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Debate com Reflexão e vice-versa

Na sexta-feira última, dia 3 de dezembro, nós praticamente encerramos as atividades escolares. Restam apenas os exames finais da recuperação no dia 10. Mas naquele dia 3 à tarde também aproveitamos o clima de fim de ano para experimentar uma atividade extracurricular. Reunimos uma turma bem disposta de alunos do Ensino Médio (da 1a. à 3a. série) e professores de diversas áreas (literatura, filosofia, história, biologia, química e o padre orientador espiritual do Colégio) para uma sessão de reflexão e debate.
O tema escolhido foi a eugenia, a pseudociência nascida no século XIX que defendia o melhoramento das raças controlando os cruzamentos entre os indivíduos. Pensava-se ser possível diminuir o número de pobres, de deficientes e até mesmo gerar uma raça superior. Com base na eugenia pode-se chegar a quase todo tipo de preconceito racial e social atual: do nazismo ao racismo mais tosco, da pobreza como herança à "ditadura da genética".
Os 18 alunos que haviam se inscrito para a atividade foram divididos em grupos de 4 a 5 elementos e, reunidos em salas diferentes, tomaram conhecimento de algumas provocações. Eles já tinha lido um material prévio especialmente selecionado, mas na sexta-feira receberam ainda mais informações em vídeos, música, novos textos. Diante desses subtemas iniciaram as discussões, sendo que cada grupo poderia rabiscar à vontade os papéis que cobriam as mesas de cada sala. Havia então um rodízio, permitindo que cada grupo tivesse contato com dois subtemas diferentes até voltarem para a posição original onde teriam que formular uma apresentação de 3 min.
Como pensar cansa tanto (ou mais) quanto uma atividade físíca fizemos uma pausa para o café e depois voltamos ao debate, agora todos juntos na mesma sala. A troca de impressões, as opiniões diferentes e a vontade de participar de alunos e professores fez com que nos esquecêssemos do tempo. A atividade estava prevista para acontecer entre 14 e 16h, mas quando nos demos conta já era mais de 17h. Agora é ver como será 2011. Quem sabe não continuemos com este projeto...
Abaixo temos algumas das fotos do encontro. Creio que será mais fácil de compreender a dinâmica da atividade.

Para aumentar o tamanho da imagem clique sobre a apresentação de slides.


Optei por não colocar o nome dos alunos presentes nas fotos, pois se tratam de menores de idade e não conversei com cada um a respeito.

O tempo

Vivemos reclamando que o tempo é curto. Muitas pessoas gostam de dizer que precisariam de mais uma ou duas horas por dia para poderem fazer tudo que precisam, em geral trabalho. Alguns sofrem com a mesmice do dia a dia, a repetição quase mecânica de dias idênticos, enquanto que quase todos dividem suas vidas em ciclos: a infância, a adolescência, o período escolar, o tempo de faculdade. "Não sou mais adolescente, agora tenho responsabilidade, é uma nova fase porque estou seguindo meu próprio caminho...". O caminho que, aliás, pode se transformar em, como no francês route palavra que dá origem a rotina, o caminho sempre percorrido, sempre repisado.
Representação de Cronos devorando um de seus filhos

Este tempo cotidiano, cíclico, os gregos (sempre eles!) chamavam de chronos. Ou melhor, usavam a fantástica figura da divindade Cronos para explicar esta imagem filosófica. Cronos era uma dividade de segunda geração (um titã), filho de Urano, o céu estrelado, um deus primordial. Casado com Réa, Cronos teve seis filhos, os cronidas e que viriam a ser as grandes divindades gregas. Eram seus filhos as três mulheres Héstia, Deméter e Hera e os três homens Hades, Posídon e Zeus, juntos abarcavam toda a vida terrestre: as mulheres representavam respectivamente os laços familiares e o lar, a terra cultivada e as colheitas, e a família constituída, enquanto os homens seriam o mundo dos mortos ou submundo, o mundo das águas e mares, e o céu.
Cronos, no entanto, receava ser destronado. Um oráculo havia lhe dito que seu reinado como Deus dos Deuses seria encerrado por obra de um de seus filhos e, para evitar que isto acontecesse, o velho titã engolia cada um assim que nascia. Porém, Réia salvou Zeus dando a Cronos uma pedra enrolada em panos. Ao crescer Zeus decidiu se vingar com a ajuda de Métis (a prudência) que lhe deu uma poção capaz de fazer Cronos vomitar os outros filhos engolidos. Depois disso Zeus matou Cronos, tornando-se o Deus dos Deuses.
Essa imagem de Cronos engolindo seus filhos é extremamente rica, pois ilustra a ideia de que o tempo cria todas as coisas, todas as relações humanas e depois as engole. Ou seja, o tempo cíclico, ano após ano. Machado de Assis, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, brincou com esta construção ao dizer que "nós matamos o tempo e o tempo nos engole", reforçando e ironizando nossa condição de reféns de Cronos na vida contemporânea.
Mas para os gregos ainda haveria outro tipo de tempo, filho do próprio Cronos, chamado Kairós, "o tempo oportuno". Ou seja, o tempo que se repete de forma inevitável é diferente do tempo bem aproveitado, o momento certo. Kairós é muitas vezes entendido como parte dos demais deuses, como se estivesse misturado a outros elementos básicos da vida, como Atena (a inteligência), Eros (o amor) ou Aevum (a eternidade).
Posteriormente os cristãos primitivos usaram-se dessa filosofia e incorporaram Kairós como o tempo divino, o tempo da graça em oposição ao tempo cronológico do homem. Lembrando que boa parte da teologia cristã dos primeiros tempos se deu em regiões helenizadas, ou seja, de mentalidade grega (Península Balcãnica e Ásia Menor). 
E o seu tempo é regido por Cronos ou por Kairós?


P.S.: Essa reflexão é resultado da interessante reunião pedagógica de final de ano coordenada pelo pessoal da Pastoral. Na ocasião foi dado ênfase no Kairós cristão, o contrário do que tentei fazer aqui.
P.S.2: Nas mitologias como um todo há inúmeras versões para o mesmo mito dependendo do período histórico e da região onde foi registrado determinado mito. Aqui escolhi uma das versões mais populares e imortalizada por poetas e filósofos.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Laçamento de Livro

Minha grande amiga dos tempos de faculdade está lançando sua dissertação de mestrado em forma de livro.
Fica aqui o reconhecimento de um trabalho bem feito.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Gosto não se discute

Todo mundo tem gostos pessoais, preferências que são parte da personalidade. Nós, professores, não fugimos a esta regra. É fato que um prefere História do Brasil Colonial, ou encontra mais prazer discutindo Mundo Contemporâneo. Tanto é que algumas aulas acabam sendo memoráveis e outras são quase cumprimento de tabela.
Com a Fuvest acontece a mesma coisa. Os professores que formulam a prova também gostam de alguns temas ou estilo de prova. Quase sempre, por exemplo, Napoleão aparece no vestibular. Sua importância para a história ocidental é inegável e acabou levando a uma coincidência curiosa.
Num post de 7 de junho - Questão e reflexão - discuti uma pergunta da prova da segunda fase da Fuvest de 2005:
Vejam a questão da Fuvest deste ano:

A cena retratada no quadro acima simboliza a

a) estupefação diante da destruição e da mortalidade causadas por um tipo de guerra que começava a ser feita em escala até então inédita.
b) Razão, propalada por filósofos europeus do século XVIII, e seu triunfo universal sobre o autoritarismo do Antigo Regime.
c) perseverança da fé católica em momentos de adversidade, como os trazidos pelo advento das revoluções burguesas.
d) força do Estado nacional nascente, a impor sua disciplina civilizatória sobre populações rústicas e despolitizadas.
e) defesa da indústria bélica, considerada força motriz do desenvolvimento econômico dos Estados nacionais do século XIX.

Fácil? Nem tanto... Era necessário lembrar que o quadro mostra o fusilamento de civis resistentes ao avanço napoleônico na Espanha. Ou seja, simboliza a "estupefação diante da destruição e da mortalidade causadas por um tipo de guerra [a guerra com ataques a civis] que começava a ser feita em escala até então inédita".
Alternativa A.Para contextualizar a questão utilizei o quadro do pintor espanhol Goya, chamado Los fusilamientos del tres de mayo.

"A mais extravagante ideia que possa germinar no cérebro de um político é acreditar que basta a um povo entrar de mão armada num país estrangeiro para lhe fazer adotar as suas leis e a sua Constituição. Ninguém estima os missionários armados, e o primeiro conselho que a natureza e a prudência dão é repeli-los como inimigos."

(Robespierre, janeiro de 1792.)

a. Por que a ocupação da Espanha pelo exército napoleônico, em 1808, tornou o texto profético?
b. Há no momento atual alguma situação à qual o texto pode ser referido? Por quê?


Veja a questão deste ano:

A cena retratada no quadro acima simboliza a

a) estupefação diante da destruição e da mortalidade causadas por um tipo de guerra que começava a ser feita em escala até então inédita.
b) Razão, propalada por filósofos europeus do século XVIII, e seu triunfo universal sobre o autoritarismo do Antigo Regime.
c) perseverança da fé católica em momentos de adversidade, como os trazidos pelo advento das revoluções burguesas.
d) força do Estado nacional nascente, a impor sua disciplina civilizatória sobre populações rústicas e despolitizadas.
e) defesa da indústria bélica, considerada força motriz do desenvolvimento econômico dos Estados nacionais do século XIX.

Fácil? Nem tanto. Para responder precisava saber o contexto e a "mensagem" do quadro, assim como compreender o significado das alternativas. Ou seja, era necessário lembrar que o avanço napoleônico e o envolvimento de civis representavam um estilo novo de guerra com dimensões inéditas. Na prática, a guerra movida por Napoleão foi a primeira guerra mundial propriamente dita, por ter arrastado inúmeros países de lado a lado.
Resposta: alternativa A

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Falta pouco...

Depois de quatro provas bimestrais e quatro possibilidades de recuperação a cada bimestre ainda temos a recuperação final. Sim, mais uma provinha, mas desta vez com um conteúdo maior que um simples bimestre.
A programação total, com o conteúdo de todas as disciplinas já está rodando por aí (eu acho). Em todo caso, não custa reforçar, certo?
Vocês conhecem o esquema melhor que eu: conteúdo para estudar em casa, se alguém tiver dúvidas pode me procurar no Colégio ou por aqui nas próximas semanas, mas nada de aula marcada préviamente. A única obrigação é aparecer no dia do exame.

2a. série
  • Escravidão no Brasil (Século XIX)
  • Revolução Francesa.
  • Revolução Industrial.
  • Imperialismo e Neocolonialismo
Justificativa: os 4 temas são fundamentais para entendermos Brasil e o Mundo que estudaremos no próximo ano. O século XX não existiria sem a industrialização, o capitalismo e seus críticos, as relações internacionais e nacionais resultantes deste quadro.
Prova: 10 de dezembro (sexta-feira)



Talvez você não esteja tão desesperado...
 3a. série 
  • Período Entre-guerras e Crise de 1929
  • Nazi-Fascismo
  • II Guerra Mundial
  • Pós-guerra
  • Era Vargas
  • Regime Liberal Populista

Justificativa: A preocupação aqui é garantir que o aluno dominou a essência do século XX, em especial sua face mais sombria entre 1918 (fim da I Guerra Mundial) até meados da década de 1960. Repare que ficou de fora dessa seleção de temas a Guerra Fria, pois todos (mesmo!) mostraram ter compreendido bem o conceito e a dinâmica deste processo histórico.
Prova: 10 de dezembro (sexta-feira)

Fuvest anulou questão

Para quem fez a prova da Fuvest uma notícia importante (ou não): anularam a questão abaixo.
— Não entra a polícia! Não deixa entrar! Aguenta! Aguenta!
— Não entra! Não entra! repercutiu a multidão em coro.
E todo o cortiço ferveu que nem uma panela ao fogo.
— Aguenta! Aguenta!
(Aluísio Azevedo, O cortiço, 1890, parte X)
O fragmento acima mostra a resistência dos moradores de um cortiço à entrada de policiais no local. O romance de Aluísio Azevedo

a) representa as transformações urbanas do Rio de Janeiro no período posterior à abolição da escravidão e o difícil convívio entre ex-escravos, imigrantes e poder público.
b) defende a monarquia recém-derrubada e demonstra a dificuldade da República brasileira de manter a tranquilidade e a harmonia social após as lutas pela consolidação do novo regime.
c) denuncia a falta de policiamento na então capital brasileira e atribui os problemas sociais existentes ao desprezo da elite paulista cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro.
d) valoriza as lutas sociais que se travavam nos morros e na periferia da então capital federal e as considera um exemplo para os demais setores explorados da população brasileira.
e) apresenta a imigração como a principal origem dos males sociais por que o país passava, pois os novos empregados assalariados tiraram o trabalho dos escravos e os marginalizaram.

A ideia de usar um texto literário para discutir uma questão do conteúdo de história foi ótima. Pena que se embananaram na hora de formular a pergunta. Por eleminação - bastava ter lido o livro ou interpetar corretamente o trecho oferecido - restaria apenas a alternativa A como correta. O problema é que a alternativa A não está correta!
O livro O Cortiço foi publicado em 1890, dois anos após a abolição da escravidão. No entanto, a história se passa antes de 1888, tanto é que uma das personagens - a Bertoleza - é escrava. Se não fosse este "pequeno" detalhe a alterantiva estaria correta.

Encontro na sexta-feira

Aos alunos que se inscreveram para participar de nosso projeto piloto de Reflexão e Debate, gostaria de lembrá-los da data - sexta-feira, dia 3/12 - e pedir que cheguem um pouco antes do horário, evitando atrasos. O ideal seria chegar às 13:45 para podermos entender as regras da "brincadeira" e podermos aproveitar melhor a tarde.
Por favor, não deixem de ler o material que já foi disponibilizado. Debate sem conteúdo, sem informações prévias é mero blá-blá-blá. Não queremos uma daquelas mesas redondas de futebol, não é?

Até sexta-feira!